segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

 
Também no deserto, onde vistes que o Senhor vosso Deus nele vos levou, como um homem leva seu filho, por todo o caminho que andastes, até chegardes a este lugar. Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; não permitirá jamais que o justo seja abalado


(Deuteronômio 1:31; Salmo 55:22).

COMO LEVAR AS CARGAS?

  Certo crente estava aflito por causa de um difícil problema que punha sua fé à prova. Eis aqui como o Senhor o consolou.
  Ao chegar em casa com um pacote para sua esposa, parou diante de sua pequena filha, a qual era paralítica e estava sentada em sua cadeira de rodas, e lhe perguntou:
 – Onde está sua mãe?
 - Lá em cima.
 – Então vou subir.
 – Papai, me deixe levar esse presente para ela!
 – Minha querida, como?
 Com um sorriso, a menina respondeu:
 – Simples, papai. O senhor me entrega o presente e empurra a minha cadeira.
 Então, o pai, tomando a filha em seus braços, subiu ao andar de cima… com o pacote.
 Assim compreendeu que devia ter a mesma atitude para como Deus: entregar-se ao amor e cuidado do Pai.
Se nos deixarmos conduzir por Jesus Cristo, ao mesmo tempo ele levará nossas cargas também e elas não nos esmagarão.
“Em toda a angústia deles ele foi angustiado… pelo seu amor, e pela sua compaixão ele os remiu; e os tomou, e os conduziu todos os dias” (Isaías 63:9).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Jesus, o Filho do Deus Eterno!



A maior declaração possível de ser feita na face da terra sobre alguém, partiu dos lábios de um homem simples que abandonara suas redes de pescador para seguir aquele a quem disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16).
Esta declaração não nasceu de uma elaboração intelectual ou um entusiasmo de sentimento; veio-lhe dos céus! Nasceu no coração de Deus. "Não foi a carne e o sangue quem te revelou, mas meu Pai que está nos céus".
Esta afirmação retumbou por todo o universo como a mais clara, sublime e eterna verdade que nós humanos podemos conhecer. Ali, nas cercanias de Cesaréia de Felipe, estavam os discípulos face a face com aquele que é"...a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação"(Cl 1 .15).
Aquele que era "antes de todas as coisas" (Cl 1.17), entra no mundo com genealogia humana. Penetra na história dos homens em uma seqüência de gerações que vai até o primeiro homem. Assim tornou-se como um de nós. Foi gerado no seio de uma mulher simples por uma semente que veio dos céus. A única semente que produziu a vida: "a vida estava nele e a vida era a luz dos homens" (Jo 1.4).
O que era antes de seus antecedentes carnais (Jo 8.58), para ter "semelhança de homens; e reconhecido em figura humana" (Fl 2.7), precisou esvaziar-se da glória eterna que tivera junto do Pai, antes da fundação do mundo (Jo 17.5).
O Criador de todas as coisas com o Pai (Jo 1.3), tornou-se naquele que "assume a forma de servo" (Fl 2.7). Ele era rico, "se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza, vos tornásseis ricos" (2Co 8.9).
Tudo em sua vida ter rena faz um tremendo contraste com o que Ele era junto ao Pai. O soberano que criou tronos, soberanias, principados e potestades, e os criou para Ele, nasceu num humilde lugar, tendo como primeiro leito uma manjedoura.
Seu nascimento, evento único que revela o infinito amor que poderia ser dedicado a cada ser humano, foi anunciado a poucos pastores do campo e a desconhecidos errantes que buscavam confirmar deduções de uma precária astronomia.
Se nos céus aprouve a Deus "que nele residisse toda a plenitude" (Cl 1.19), na terra, onde "as raposas tem seus covis e as aves dos céus ninhos; o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça" (Lc 9.58).
Possuidor de toda a "profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus" (Rm 11.33), vai ao Templo de Jerusalém, aos doze anos de idade, assentar-se atento no meio dos mestres, ouvindo-os e interrogando-os (Lc 2.46).
Não foi num magnífico e solene recinto que recebeu a afirmação que a voz divina lhe fez. Foi nas circunvizinhanças do Jordão, onde um estranho profeta pregava arrependimento, que ouve o Pai testificar o que jamais poderia fazer a outra pessoa : "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" (Lc 3.22).
Ele que removera dos céus o anjo rebelde, aqui é por este desafiado.
O diabo não escolheu um palácio onde a vaidade e o orgulho humano imperam, onde políticos e cortesãs comercializam seus interesses, onde a riqueza e a pompa iludem, ambientes tão próprio dele, para ser o cenário da tentação.
Usa o ermo deserto onde está aquele que, fisicamente enfraquecido, busca a intimidade com Seu Pai, para definir o ministério que empreenderia.
Desenvolve um ministério onde não há lugar para a propaganda ou qualquer evidência pessoal. Suplica aos favorecidos pelos seus gestos de amor curador que a ninguém contassem a restauração recebida (Mc 1.44; 7.36).
Repreendia aos que queriam identificá-Io como o Cristo, para se resguardar da nefasta agitação carnal humana (lc 4.41 ). Ensinava não aos sábios e entendidos, mas aos simples e sinceros de coração: " A vós outros vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus". Aos arrogantes falava "por parábolas para que vendo não vissem e ouvindo não entendessem"( Lc 8.10 ).
Quando num excepcional momento em que foi exaltado sobremodo, quando estavam presentes três de seus mais achegados discípulos, Ihes roga: "A ninguém conteis a visão" (Mt 1 7.9). E, quando mais tarde o discípulo declarou que Ele era o Cristo, adverte-o que a ninguém falasse tal coisa a seu respeito (Mc 8.30).
Aquele que dissera ao Pai: "Eu sabia que sempre me ouves"(Jo 11.42), num jardim, desiste do pedido que fazia par realizar agora o que ouve do Pai (Mt 26.39).
Podendo rogar que fossem enviadas legiões de anjos para defendê-Lo, entrega-se pacificamente aos que vieram prendê-Lo (Mt 26.53). Guarda silêncio perante o tribunal que o acusa e também instiga depoimentos de falsas testemunhas (Mt. 26.63). Ele" veio para o que era seu, e os seus não o receberam (Jo 1.11).
A vida estava nele" (Jo 1.4) por isso deu sua vida em resgate de muitos numa infame cruz. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós" (2Co 5.21). "Oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha, muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53.7).
O que pela sua palavra curou feridas e restituiu saúde a corpos, faz agora com que "pelas suas pisaduras fôssemos sarados" (Is 53.5). Aquele que nos deu vida foi morto e sepultado. Contado como um entre os homens por um recenseamento, agora é contado como um entre os mortos. Entretanto a tumba não pode contê-Lo. Ressuscitou.
O Filho de Deus que tornou-se Cordeiro de Deus, em breve irá voltar. "Todo o olho o verá, até quantos o transpassaram" (Ap 1.7). Como Juiz que tem em suas mãos a chave, toda a autoridade, da morte e do inferno, abrirá e fechará os céus, a morte e o inferno aos homens conforme seu justo julgamento.
Os remidos em Seu sangue entoarão aleluias pois serão convidados para as bodas do Cordeiro. E a sua noiva, a igreja, aclamará que Jesus Cristo, o Filho de Deus é "0 REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Ap 19.16).
Então Ele se assentará em seu trono ao lado do trono do Pai e nós, os remidos por seu sangue, contemplaremos a Sua face, e nas nossas frontes estará o nome dele. O Senhor nosso Deus brilhará sobre nós, e reinaremos com Ele pelos séculos dos séculos. Amém.
Erasmo Ungaretti

fonte: adorar.net

terça-feira, 5 de abril de 2011

Memento Mori*


O luar negro lhe sai dos olhos
- morcegos, sugam sua última esperança -
Morte certa por escolher a vida!
Guarde-me o último cadáver!

Já sentiu falta do futuro?
Dou-te uma dose letal agora!
Dose de vida!
Não necessita esperar tanto por isto...

O vento do mar propulsiona areia aos olhos.
A cegueira no Ocaso.
Pesadelos originados na própria dor!
Criança com a mão direita dilacerado, ponto ao peito.

Adornos bordados de lágrimas.
"Seja o vinho ocre em lábios teus!"
De onde se sorve gotas de morte.
Sentimento jovialmente senil.

Sonâmbulos pelas praças da Misericórdia.
Estátuas nuas a campo aberto.
Cobrindo o seu próprio ser.
Sega de almas!

*Expressão de origem latina que nos leva a refletir sobre nossa mortalidade: Você vai morrer!
* Título de música da Banda Kamelot, álbum The Second Coming. 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Divago



Eu me recuso à aliviar minha dor!
(eu posso fazer isto!)
Estar longe sem esmagar o cardio...

Sorver meu próprio veneno!
Calando meus dedos inúteis,

Cães do inferno pressentem meu medo!
- Eu fujo... -
"O melhor álibi do homem é sua própria carne."

Seja tragado às profundezas.
(Pisar à silfide não abre os olhos!)
Um deus, mal conselho...

Você desejou cada momento por mim renunciado,
Eu sei que não há ninguém que culpar,
Mas o Sol não nascerá, jamais!

Sempre acredite, menino!
Mas areia escorrem dos seus olhos, como,
tudo o que você falou e em que pensou!

"Seja mudo, o filho ao homem, e, jamais despreze a inteligência de uma cã"
Penetre o frio do seu toque ao meu coração,
e, ainda assim, o renego: Ani lo shelach!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Futuro...

Quando os sonhos nunca passam
- estou preso nos medos do passado -
Minhas lágrimas são uma canção das melodias que ficaram longe
Harmonioso
Opto por aceitar a modéstia da paz!

Os rios, nos meus braços, seguem seu fluxo rumo a um Paraíso
As lembranças deixam meu mar tempestuoso e quebram meus oceanos de gelo
Os dias sempre vem após as noites...
Acredito que estou cego, mas vivo!

Contudo, olhando para trás...
- da maneira como tudo foi deixado pra trás... -
Somente restam os sonhos
A vida se tornou algo diverso
Cada estação do ano muda os sentimentos

Abro minha mente
Ouço a voz que clama no meu interior
Luto sem ter um destino
Um "futuro brilhante e feliz"
No qual não acredito mais.
Zu ewigkeit!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Scream out!

Folhas tão brancas!
Mas letras são incapazes de escrever meu remorso...
Minha tristeza é um ror aturdido.
Gritar meu nome não nebula gratidão,
Tudo o que escuto é essa música infernal, agora.
Em breve, apenas escutarei isto!
Não chame por mim...
Não é fácil ouvir meu nome!
"- Eu nunca te deixarei!"
Dias de vis afirmações.
Eu jamais mentirei novamente:
"- Eu sinto tua falta..."

Folhas tão brancas!
Não se marca na escuridão.
- Ela tem um nome.
Que dominação infame!
O Édem ecoa dos meus lábios.
Minha alma respira,
Uma montanha distante,
Picos brancos pela neve de
folhas tão brancas!

domingo, 20 de março de 2011

Perdão


Eu caminhei sem direção.
Noites e dias sem fim.
Pareciam intermináveis.
Na minha falsidade, felicidade.

Queria sorver todos os sentimentos.
Fraquejar no meu ponto mais íntimo.
Tentei compreender.
- Lance-se como cobaia, ao coração.

Nada do que eu faça terá valor.
Esforços meus não raiam ao amanhecer.
Por querer, não quis.
E acreditava, piamente.

Eu jamais amei!
Nem ao enforcado que fora tirado.
Verdade anti umidade,
Meu choro, teatral, se fazia.

Excrementos de um experimento.
Do qual eu daria cabo.
Feliz por comparar:
Quanta debilidade!

Me fiz amar.
Nada por escambo.
Senti o prazer carnal,
Paguei por isto.

Ninharia a quem nada me podia oferecer.
Ofertório àquele que nada tinha à me doar.
Crença tola: o sentimento.
Valor imerecido: razão.

Volte o insano ao seu lugar.
- onde acredita sentir! -
Seja a Terra governada pelos donos dos escudos.
Por que sentir?

Ria-me na escuridão!
O patético sentimento se sondava a mim.
Palavras mentirosas:
"- Perdoa-me!"

Inominável


Meus arrouxos agudos ecoam através dos mortos
Areias escaldantes sob pés moribundos
- O paraíso é avistado à seguir... -
Hipócritas anátemas caminham ao meu lado.

Quantas dúvidas até que meu nome seja perfeito?
Sozinho não tenho ousadia
Fé tem sido o escárnio ao meu shekalim
Me traspasse com a sua lança!

Maldita serpente amante!
Filhos sem pai, herdeiros da zombaria
Não deite-se comigo
-, este é o caminho errado! -
Estupro à minha efígie

Pranteie comigo agora
Espurgue o fruto do meu desprezo
Meu ódio não é sorvido de cálices dourados
- , suas mãos não os poderiam apalpar! -

Cante, uma vez mais, a sombria música de outrora
Ferida pra sempre em sua lascívia
Não sinta o sabor do sangue que me escorre pelos dentes.
- feridas de morte em cavidades pútridas... -

Tenha aquele que se assenta piedade dos que não conseguem parar
Lance-os à escuridão dos abismos eternos.
Filho da alva no poço de piche.
Sonho de vida que jamais retorna!

sábado, 19 de março de 2011

Humanidade


Não conseguem ver aquilo que não lhes está à frente dos olhos!
Tolos, já senti cada dor, cada sensação de vossas lúgubres existências!

Não sou o vilão desta trama!
Fui nomeado de forma que não pudesse ser dado ao conhecimento!

A manipulação dos seus sentimentos é um ode aos meus hábeis dedos!
Uma deidade ante suas suplicáveis ignominiosas sensações descoordenadas!

Minha racionalidade os combale a atender os meus mais sombrios desejos!
E os seus deuses se encimam grandiosos!

A humanidade traça seus próprios caminhos tortuosos!
Em são consciência fere a alma daqueles que já estão sobre suas próprias tumbas!

Caminhos rotos que não os conduzem à lugar algum!
Sofrimento é o inimigo sempre à espreita na próxima curva!

Diga-me o contrário: Eu, que os observo!
Provem-me pelo que não são!

Perversidade é o que vai na alma dos homens!
Suas armas vaidosas se esvaem em suas próprias lágrimas!

Mas não matem-se aos seus iguais!
Nem se torturem pelo que não podem ser!

Nascer não é sinônimo de morrer!
Se morrer é o teu mal, viva com sua maldade para sempre!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sentado á beira da maré.
Homem, que se julga humano, permanece.
As ondas das águas refletem o brilho da Lua.
O menino, dentro, chora compulsivamente.

A maldição das raças...
Dos ritos, a religião...
Dos sentimentos, as ações impensadas.
Dos avisos, falta distinção...

Um sorriso ecoa ao longe.
Destino vil de quem só quis sentir.
O choro é doce.
Assim como aprazível é o féu para aqueles que dele se agradam.

Oh, existência dúbia!
Dia oblongo em que nasceu!
A virtude da vida não é a morte!
A calma irreflete-se em intolerância.

Sem nada pra dizer.
Os sonhos a falsear.
A escuridão por obicurar.
A vida por viver.

Queria uma noite de amor.
Um carinho verdadeiro.
Afago de um sorriso.
Abraço em um beijo voluptuoso.

Como?
Por que se foi tudo o que lutei e relutei em construir?
Poder-se-ia terem-no tirado de forma tão abrupta e cruel?

Não, sire!
Ódio não é meu vizinho...
Mágoa não divide comigo o assento do ônibus...
Perfaço só o meu caminho.

Sozinho.
Despido.
Choroso.
Assim como cheguei ao mundo, dessa forma parto!

*Em memória de Seoki, 23/02/2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Verdades!

A morte não é um milagre!
O sol não surge mais...
Esperar sem paciência, não vale de nada!
Não tenho elogios ao alforge.

Minhas próprias palavras me levam à ruína!
Corro e desabo...
Meu destino já foi traçado (chevem!)
Ando e caio.

Minhas muralhas foram destruídas!
E você canta...
Eu não sei mais o que quero saber!
Meu riso está dilacerado.

"As vezes eu tremo como uma criança pequena"
Cético, vou sorver até o último gole do teu vinho!
Eu cantei pra você e os anjos se regozijaram...
Encare o amanhã!

Não tenho mais nome!
Eu sei pelo menos isto...
Traga as sombras à minha sepultura!
Governe o meu mundo.

As hienas riem ante minha lápide!
Estou me afundando e você canta...
As montanhas se movem abrindo os Sete Mares.
Não dissimulo mais os meus Oito Cardeais!
Magestoso é o círculo de mil e noventa e cinco Virgens a bailar!

Desaviso....

Siga o rio o seu curso.
Não se descarregue à fonte!
O painel de ingratidão por mim montado...

Pertences vis abandonados.
Memórias lançadas ao vento!
Vacilo longe, na distância...

Maldições não solvidas.
Tormenta!
E chega o rio ao mar...

Me afogo em minhas próprias correntezas.
Torno-me insalubre!
Em um solstício, verão: noutro, inverno...

Não há ida sem retorno.
Antes se vá!
Estando...

Vil e pecaminoso.
Preso à verdades construídas pedra sobre pedra!
Fundamentos de um célere prazer...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Volcano

Desejo apenas um sonho, esta noite!
Rosas na janela.
Luar ao firmamento.
Doce companhia!

Dia ensolarado.
Infantes em gáudio.
Pássaros em revoadas.
Cães adormecidos!

Lúgubre escuridão.
Pesadelo notívago.
Flores murchas.
Atemporal...
Amizade letal!

Cerrações.
Aberrações "naturais".
Mal nas aves.
Animais enfermos.

O meu pesadelo não cessa!
321 horas de sono...
Sol? Qual astro, qual rei!
Me desgraça o seu trono.
Incita-me à decisão!

Vias rôtas do meu ser.
Maldição conquistada!
"- Tu jamais serás...!"
Conversão: meu riso em lágrima!

Abundância fustigante de insultos.
Vulcões (consciência) em erupção!
- Pago eu pela vida dos mortos?
Bailar da Grande Deusa, ora, imerecido.

Testemunha cega.
Sonho de criança!
Amigos da deslealdade.
Vingança entumescida!

Noites à fio: Não há amor!
Dias ensolarados: Que é da felicidade?
Temporais insanos: Há uma permanência!
Vulcões em ação: Perde-se, até, o herói a sua glória!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Confusões de um adolescente...

- Hei, você não folga?
- Olá, tudo bem?
- Eu "tou" ótimo e você?
- Folgo, claro! Minha folga é amanhã, ela não é fixa... eu não vou conseguir folga no fim de semana...
- Ok, mas você falou que seria na quarta.. ah, tudo bem então...
- Semana que vem será na quarta.
- Não vai dar pra eu ir então né?
- Você que sabe...
- Ok, tudo bem, hehehe...
- Bah! "Tô" tão relaxado que estava dormindo agora há pouco, rs.
- hehe, pow eu já vou dormir...
- Já? Chateou "né"?
- Não, por que? Não tem nada sério, "né"?
- Hã?
- Nada, deixa pra lá... só acho que você trabalha mais que eu...
- Talvez... só que tuas folgas são fixas e as minhas não e tu tem apenas um domingo a cada mês.
- É... pior! rs.
- ... enquanto eu tenho dois, mas, no fim, dá na mesma!
- Resumindo, não vai dar pra eu ir!
- Eu não disse isto. Disse que, à noite, tu ficaria sozinho, por isto o "tu que sabes"!
- Então não dá "né"?
- "Tá" bom!
- Me deu vontade...
- Faz o seguinte... vem no dia da tua folga.. na quarta da próxima semana!
- Por que faz isto comigo? "Tou" triste, já estava com saudades, por não te encontrar, por tu estar longe... que que será isto?
- Eu não estou fazendo nada, mesmo! Me desculpa. Só que estamos trabalhando em menor número, daí não dá pra eu sair a hora em que preciso e nem mexer na escala...
- Você gosta de mim?
- Estava tudo certo... mas eles alteraram a escala no início do mês e eu só soube na semana passada. Desculpa mesmo!
- Acho que gosto de ti de verdade! Será que pode isto? Te conheço há tão pouco tempo! Devou ser ou estar carente...
- Hummm, e eu já estava ficando todo feliz aqui...
- Como assim? Eu penso que se isto está acontecendo agora... é melhor não continuarmos, meus amigos já me disseram que eu preciso arriscar mais...
- ... eu estava ficando feliz por você estar gostando de mim...
- Sei lá, eu tenho medo de me apegar à alguém... ainda mais se for assim, daí... "como é que eu fico?"
- Sabe, eu também já tive esse mesmo medo. A vida me mostrou que nós não podemos fazer muito coisa em função disto, e, quando fazemos, quase sempre, acabamos nos lastimando sozinhos e solitários. Ah, a vida é curta de mais... eu quero sim me apegar à alguém, amar essa pessoa, morar com ela, fazer projetos. Pode parecer idiotice, talvez eu até seja um puto de um babaca mesmo... Tipo, há muita gente que quer isto! Mas existem poucas pessoas que querem realmente tentar. No início do relacionamento tudo é legal, tranquilo, "bonitinho" e "certinho" mas, ante a primeira dificuldade, fincam a cara no chão e desistem de tudo. Estou cansado disto! Infelizmente não tenho encontrado pessoas que me entendam na mesma proporção. Mas tudo bem! Eu estou vivo e vivendo. Cara, eu não posso cruzar os braços e ver toda essa vida passando embaixo do meu nariz... eu quero mais é vivê-la, daí, quando eu estiver morrendo vou poder dizer: "eu vi a vida e é bonita, é bonita, é bonita", rs.
- É a vida, é a vida e é a vida... Sabes? Pensei que eu poderia ser essa pessoa. O problema é você é experiente de mais e eu ainda sequer passei por isto... nem tinha essa idéia na minha cabeça... vou ter que aprender a viver isto... Minha busca continua!
- Por que não pode ser você? Não quer isto também?
- Eu criei uma expectativa muito grande... me apeguei a você... olha, eu não sei o que dizer e nem mesmo como explicar... sabes?
- Não! Eu não sei! Não posso te pedir pra fazer algo. Nos conhecemos há pouco tempo, confesso que sinto tua falta, penso em ti sempre e já te disse isto! Sempre fui uma pessoa que se reserva ao extremo, talvez por isto, não sinta a tal "carência" de que tanto falam... mas sinto a ausência, a tua ausência e a saudade me abre uma sangria ao peito e .... bem, você sabe o que fazer e o que quer fazer, estarei sempre por aqui!
- Ilusão...
- Acha que te iludi? Acha isto?
- Ficou maluco? Não disse de ti, disse de mim. Eu mesmo fiz isto!
- Por quê? Porque está acreditando e querendo algo pra sua vida? Isto é "se iludir" pra ti? Talvez por se tratar de um sentimento... um momento marcante... de uma escolha duradoura? Sabe? Vocês humanos são, realmente, muito interessantes...
- Nós humanos? Não fala mais nada... estou...
- Sempre fazem escolhas grandiosas pra toda a vida, as fazem sem nem pensar, principalmente quando se referem á algo material, daí, quando precisam dar um passo em direção à felicidade, não sabem o que fazer... Realmente incrível! Aprendem uma centena de idiomas, milhares de gestos, de expressões regionais de linguagem, mas, não conseguem parar e ouvir o próprio coração. Ah...!
- Não sei de mais nada, tu parece estar desistindo de mim, por causa da minha humanidade!
- Pelo contrário! Estou tentando fazer com que tu não desista de mim!
- Eu me envolvi de mais!
- Me responde duas coisas?
- Sim!
- Se hoje tu decidir: "Não como mais nada daqui pra frente!". O que aconteceria ao teu corpo?
- Ah, ficaria desnutrido, emagreceria e por fim morreria, oras!
- Exatamente! Após a tua decisão tomada, irão acontecer uma explosão sucessiva de acontecimentos que culminarão com a morte do teu corpo! E se tu parar de sentir?
- Não sei... as vezes tu analisa muito profundamente as coisas... qual é a resposta?
- É similar a da primeira pergunta... Tu ficaria subnutrido emocionalmente, não conseguiria distinguir o carinho em um olhar, de um gesto, a beleza de um sol que nasce e se põe e de uma lua que paira radiante por sobre as espessas nuvens que conseguimos ver, daqui de baixo. Parando de se alimentar teu corpo físico morre. Optando por não sentir, teu "corpo" emocional ficará seriamente abalado ou talvez até "morra". Tudo bem que tu não fiques mais comigo - já me habituei a ser abandonado, isto não me afeta mais! - mas, eu te peço: não faça isto à tua vida! procura viver cada milésimo de segundo dela, a nossa única certeza é o Agora. Hoje o Amanhã está longe de mais e é incerto de mais, não faça com que o teu hoje seja um remorso do teu ontem, por ter deixado de ver, de sentir, de viver pensando num amanhã que, amanhã, vai ser hoje e, no qual, o hoje será ontem!
- Olha, eu só quero que alguém goste de mim da mesma forma que eu gosto desse alguém.
- Hummm, entendi, tu pensas que nada sinto por ti! Tudo bem!
- Tá tudo bem, deixa isto pra lá, estou a ponto de arrancar os cabelos, nem sei mais em que pensar!
- Você está desistindo?
- Estou mal, com raiva, ódio... não sei o que sentir... estou te perdendo, me ajuda!
- Fiquei triste agora!
- Tu saiste ontem e não se despediu... por quê?
- Porque não cabia uma despedida ali...
- Hei?
- Oi.
- Eu gosto muito de ti!
- Eu também gosto de ti!
- Por quê sempre há uma expectativa maior de uma parte?
- Por quê sempre há uma parte que julga que sua expectativa seja maior que a da outra?
- Por quê estou chorando agora? Por quê tu está aqui e sinto que não te tenho?
- Olha pra dentro de ti. Tu tens todas as respostas!
- Não, não tenho!
- Sabes!
- Não gosto de me sentir testado!
- Não estou te testando, estou querendo te provocar a que teste-se a sí mesmo! Nós sempre temos as respostas em nós mesmos, ainda que as esperemos de outras pessoas...
- Fui eu!
- ?
- Eu criei tudo isto! Imaginei toda esta situação!
- As ondas estão gigantes hoje! As ondas percorrem todo esse planeta... e... as vezes algo não dá certo, não sai como planejamos por que algo ainda maior nos aguarda! Quero te abraçar agora!
- Eu gosto de ti!
- Por quê quer desistir de tudo, se é assim?
- Isto tudo por causa de uma viagem que não deu certo...
- Como ficaremos?
- Agora, eu, realmente preciso ir...
- Eu gosto de ti...
- Certo, entendi... boa noite!
- Hei, não me deixa... quer morar comigo?
- O que você acha?
- Não sei, você não é previsível como os humanos!
- Eu apenas não quero querer sozinho.
- Então estamos namorando!
- Estamos?
- Estava ansioso pela resposta!



-

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Retorno aos Keat...

Eles continuam lá!
Sua oca sombria,
sem vida
sem luz

Eles permanecem intocados!
As almas vazias,
frias
vazias.

Voltar aos Keat...
Despertar uma montanha adormecida
- de um passado duvidoso... -

Retornar aos Keat
Ver todo o meu sacrifício por vida...
- ser desfeito pela vida -

Não havia outro caminho...
Um meio intacto a valer,

Estar aqui é como lá estar...

ver todo o sangue que por minha boca já passou...

divisar tudo o que já sentiu o cardio tangite...

Ainda assim, é preferível estar aqui...

É-me prazeroso o sofrimento...

Deliciosa dor que me traga...

Maliciosa maledicência a calentar o meu frio ser!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sentido Único


Que seria a esperança para alguém que não mais vive?
- morreria talvez novamente em sua tola esperança?-

Viajante na estrada do ser...
Única via divisada!

Nada que perder...
O menos a arriscar...

Se delineia o horizonte ante os olhos,
Trás os montes, há pôr do Sol!
O ontem se dissolve em esperanças no amanhã.
A vida tem se feito afável!

No clamor das montanhas, ouvem-se as cascatas.

Mas..., vide!

O caminho não se faz ao caminhar, antes...
Fecha-se negando passagem.
Acendem-se memórias há muito adormecidas.
Perda que não se queira ter.
Dever que não se queira prestar.

Felicidade? Explosão química desmazelada.
Amor? Vida esvaziada pelo ópio do coração.
Fé? Virtude cega e amestral.

O caminho não se faz ao andar.
Fechar-se!

Não há retorno.
Fachada viva!

Sentido ode mortal!
Norte e Sul invislumbres.

Estrada de ida sem volta: morte!
Sentido único da vida!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sono!


O sentir um abraço terno!
Ai, que Morfeu jamais me deixa!
Parece-me até que Hades a visitar me vem!

Mas qual não é a minha surpresa diante deste dia!
O sol tinindo todo o seu ardor e eu aqui...
A dormir dentro de mim...

O sentimento se foi, não há destino!
A dilacerada paixão calada há que permanecer...
Lua que me afaga o peito dorido!

Não te contropunhas um punhal cravejado de brilhantes lágrimas?
Sim, há que não dormir pela dor da tua presença!

Mas, a tua ausência se põe pior aos meus olhos!
Meus braços que aninham-te, não te sentem mais!

Ah, sono do Hades!
Ah, quimera inlúcida!
Ah, vida dormida....

Pranto mudo para um lábio seco....

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Paciência


Maldita seja toda a virtude...
Amaldiçoados sejam aqueles que não a veneram.
A retocada calma de toda espera, banida será dos mortais!

O bem feitor que sempre tarda.
O amanhecer que deixa-se embalar pelos raios lunares.
O nascimento, ora, tardio!

O bem que havia de contemplar-se!

Porte-se aos Umbrais da Espera!
Quatro companhias te fazem sentir solidão!

A mãe - o cuidado em afeto (jamais negado, qual seja a circustância!)
A criança - a inocência (que se perderá!)
O adolescente - rebeldia contumaz (mentira pérfida e sazonal...)
O pai - tirania desregrada (um dia se torna em noite e o arrependimento é como sangue á boca!)

O que te poderiam exigir?
A calma, banquete tolo!
A espera, outra opção a olvidar!
A tranquilidade, inferno na terra das maldições!

Em tais companhias te deixas (posto que os tem por família!)
Merecedor que és do que recebes!

Oh, Paciência!
Bendita sejas tu entre todas as virtudes!
Abençoado aqueles que te veneram!

Os imortais não mais tem  pressa, deixam-se em calma e espera!

Tsebaoth!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Turn Time

Mais um ano que se passa!
Mais um tempo que se perdeu!
- Ou não! -

Uma vitória que, contada, nem sempre vivida...
Acarreta uma série de percalços ao meu incauto coração.

Vida que me dilacera por não poder viver!
Féu doce de mais, até ser provado!

Céu azul de mais, até me lançar às trevas do abismo!
Flor não desabrochada!
O feto que reluta natimorto!

Vida perdida...

O tempo!
O meu feroz inimigo de toda uma vida!
O melhor amigo da minha morte, uma vez que a traz em seus horrendos braços.

O ano que inícia me traz muitas futuras recordações...
Sim, futuras recordações...
Sonhos que em certo, falhos, se concretizarão!

O torpor que me adoece ao fim de cada passagem...
O remeter de uma longa passagem que, em vida, carrego na morte de 300 anos mal vividos.



Tsebaoch!!!