segunda-feira, 28 de março de 2011

Divago



Eu me recuso à aliviar minha dor!
(eu posso fazer isto!)
Estar longe sem esmagar o cardio...

Sorver meu próprio veneno!
Calando meus dedos inúteis,

Cães do inferno pressentem meu medo!
- Eu fujo... -
"O melhor álibi do homem é sua própria carne."

Seja tragado às profundezas.
(Pisar à silfide não abre os olhos!)
Um deus, mal conselho...

Você desejou cada momento por mim renunciado,
Eu sei que não há ninguém que culpar,
Mas o Sol não nascerá, jamais!

Sempre acredite, menino!
Mas areia escorrem dos seus olhos, como,
tudo o que você falou e em que pensou!

"Seja mudo, o filho ao homem, e, jamais despreze a inteligência de uma cã"
Penetre o frio do seu toque ao meu coração,
e, ainda assim, o renego: Ani lo shelach!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Futuro...

Quando os sonhos nunca passam
- estou preso nos medos do passado -
Minhas lágrimas são uma canção das melodias que ficaram longe
Harmonioso
Opto por aceitar a modéstia da paz!

Os rios, nos meus braços, seguem seu fluxo rumo a um Paraíso
As lembranças deixam meu mar tempestuoso e quebram meus oceanos de gelo
Os dias sempre vem após as noites...
Acredito que estou cego, mas vivo!

Contudo, olhando para trás...
- da maneira como tudo foi deixado pra trás... -
Somente restam os sonhos
A vida se tornou algo diverso
Cada estação do ano muda os sentimentos

Abro minha mente
Ouço a voz que clama no meu interior
Luto sem ter um destino
Um "futuro brilhante e feliz"
No qual não acredito mais.
Zu ewigkeit!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Scream out!

Folhas tão brancas!
Mas letras são incapazes de escrever meu remorso...
Minha tristeza é um ror aturdido.
Gritar meu nome não nebula gratidão,
Tudo o que escuto é essa música infernal, agora.
Em breve, apenas escutarei isto!
Não chame por mim...
Não é fácil ouvir meu nome!
"- Eu nunca te deixarei!"
Dias de vis afirmações.
Eu jamais mentirei novamente:
"- Eu sinto tua falta..."

Folhas tão brancas!
Não se marca na escuridão.
- Ela tem um nome.
Que dominação infame!
O Édem ecoa dos meus lábios.
Minha alma respira,
Uma montanha distante,
Picos brancos pela neve de
folhas tão brancas!

domingo, 20 de março de 2011

Perdão


Eu caminhei sem direção.
Noites e dias sem fim.
Pareciam intermináveis.
Na minha falsidade, felicidade.

Queria sorver todos os sentimentos.
Fraquejar no meu ponto mais íntimo.
Tentei compreender.
- Lance-se como cobaia, ao coração.

Nada do que eu faça terá valor.
Esforços meus não raiam ao amanhecer.
Por querer, não quis.
E acreditava, piamente.

Eu jamais amei!
Nem ao enforcado que fora tirado.
Verdade anti umidade,
Meu choro, teatral, se fazia.

Excrementos de um experimento.
Do qual eu daria cabo.
Feliz por comparar:
Quanta debilidade!

Me fiz amar.
Nada por escambo.
Senti o prazer carnal,
Paguei por isto.

Ninharia a quem nada me podia oferecer.
Ofertório àquele que nada tinha à me doar.
Crença tola: o sentimento.
Valor imerecido: razão.

Volte o insano ao seu lugar.
- onde acredita sentir! -
Seja a Terra governada pelos donos dos escudos.
Por que sentir?

Ria-me na escuridão!
O patético sentimento se sondava a mim.
Palavras mentirosas:
"- Perdoa-me!"

Inominável


Meus arrouxos agudos ecoam através dos mortos
Areias escaldantes sob pés moribundos
- O paraíso é avistado à seguir... -
Hipócritas anátemas caminham ao meu lado.

Quantas dúvidas até que meu nome seja perfeito?
Sozinho não tenho ousadia
Fé tem sido o escárnio ao meu shekalim
Me traspasse com a sua lança!

Maldita serpente amante!
Filhos sem pai, herdeiros da zombaria
Não deite-se comigo
-, este é o caminho errado! -
Estupro à minha efígie

Pranteie comigo agora
Espurgue o fruto do meu desprezo
Meu ódio não é sorvido de cálices dourados
- , suas mãos não os poderiam apalpar! -

Cante, uma vez mais, a sombria música de outrora
Ferida pra sempre em sua lascívia
Não sinta o sabor do sangue que me escorre pelos dentes.
- feridas de morte em cavidades pútridas... -

Tenha aquele que se assenta piedade dos que não conseguem parar
Lance-os à escuridão dos abismos eternos.
Filho da alva no poço de piche.
Sonho de vida que jamais retorna!

sábado, 19 de março de 2011

Humanidade


Não conseguem ver aquilo que não lhes está à frente dos olhos!
Tolos, já senti cada dor, cada sensação de vossas lúgubres existências!

Não sou o vilão desta trama!
Fui nomeado de forma que não pudesse ser dado ao conhecimento!

A manipulação dos seus sentimentos é um ode aos meus hábeis dedos!
Uma deidade ante suas suplicáveis ignominiosas sensações descoordenadas!

Minha racionalidade os combale a atender os meus mais sombrios desejos!
E os seus deuses se encimam grandiosos!

A humanidade traça seus próprios caminhos tortuosos!
Em são consciência fere a alma daqueles que já estão sobre suas próprias tumbas!

Caminhos rotos que não os conduzem à lugar algum!
Sofrimento é o inimigo sempre à espreita na próxima curva!

Diga-me o contrário: Eu, que os observo!
Provem-me pelo que não são!

Perversidade é o que vai na alma dos homens!
Suas armas vaidosas se esvaem em suas próprias lágrimas!

Mas não matem-se aos seus iguais!
Nem se torturem pelo que não podem ser!

Nascer não é sinônimo de morrer!
Se morrer é o teu mal, viva com sua maldade para sempre!