quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bom 2010!



Que os sonhos se realizem!
Que os objetivos sejam alcançados!
Que sejam cumpridas todas as metas!
Que todos os obstáculos sejam ultrapaçados!

Que as vitórias tenham o mais doce sabor!
Que o sucesso seja um vocábulo repetitivo!
Que os bons sentimentos possam ser recíprocos!
Que os melhores momentos possam ser eternizados!

Um ano de graça e paz para todos!

E que venha o Messias!

Henry Holzgësicht McDowell - Soturnian

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Seoki



O olhar transmite todo o sentimento.
O sofrimento não pode ser encoberto.
A vida se perfaz de perdas.
As dores da alma não podem ser sanadas.
A pele emite a reação sensata.
A sensatez humana é caótica e incompreensível.
A morbidez do Dono pode ser substituída.
O novo que se achega pode ser atraído.
Uma comunicação transcendente.
Uma vida futurífica.
Anïma que comunica-se com outra.
Caído que esteja, sobre os pés que pusessem!
Morte que te tragaria, vida que te aguardava!
Raios solares sob a escuridão!
Rosas rocas pusilânimes!
Destino sem linha.
Desejo sem objetivos!
Desfaça o erro.
Aprume o caminhar.
Aponte a bússola ao meu Sul.
Fruto do desprezo, prezado és.
Alegria de um dia em noite insone.




Zu ewigkeit!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Paradoxal


Memórias distantes.
Não me marcam em nada.
Passaram.
Apenas a verdade fere-me todos os dias.
Maneiras vis.
Verdade trajada de mentiras.
Um álibi para as ovelhas tolas.
Não contemplo sua força.
O caminho é inútil.
O destino não possui pernas próprias.
Portas malditas que foram fechadas incólumes.
Não me tentem entender.
"Lobos com peles de ovelhas".

Vença o fraco ao forte.
Caminhe o que não sabe andar.
Tenham esperança os que trebucham à porta do inferno.
Pratiquem sua fé no leito de agonia.
Removam os que não querem partir.

Liberdade não é moeda de escambo.
Recompensa não pode ser sorvida em um cálice de sangue.
Verdades superiores são pisoteadas pelos porcos.
Eternal juventude jaz num mausoléu de bronze.
Corridas ofegantes não garantem encontros apaixonantes.
Virgens não se assentam com os perdedores.
Convencidos da própria força cambaleiam sobre o enigma da morte.

Chorem comigo!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Sem eira com beira!


Há uma luz!
Mas, as trevas são densas de mais pra que a veja.
Há um sentimento!
Mas, a incostância é maior que sua demonstração.
Há uma paz!
Mas, as guerras não deixam vivos os que por ela lutaram.
Há um amigo!
Até que a sorte o tire de mim.
Há uma saída!
Até que a percebam meus inimigos.
Há uma visão!
Até que a cegueira da alma inunde meus olhos.
Há um caminho!
Opto por não seguí-lo.
Há uma satisfação!
Opto por não saboreá-la.
Há um recanto!
Opto por não encantá-lo.
A "parte" mais sublime de mim,
É aquela que desconheço!
Meus desejos mais velados
São aqueles que menos anelo!
Vivendo por viver.
Correndo pra não morrer.


Zu ewigkeit!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

"Destrilo"



Quero ser honesto,
Não preciso ser notícia de primeira página!
Não me venha com histórias felizes de alegres desconhecidos,
Arruínam a minha vida.
Não me diga que se arrependeu,
Deixei o sorriso para outro dia.
Se a máscara cai bem em você,
Sua verdade não passa de lixo!
Até ao anoitecer você vai continuar a pensar que é o “Rei da Vida”?
Se eu estiver na sua frente,
Atravesse a estrada.
Por cima dos meus quereres que imploram por vida!
Se você não está confuso,
Tenha certeza da Palavra!
Não fale de namoros ou companheirismo,
Não sabe o que são pra mim.
Toda a fala é um desperdício,
As letras não cantam mais!
Não participe de um campeonato de conversas toscas!
Não procure ser diferente,
Teus sentimentos lascivos não me atraem mais ..
Tombei sobre o meu próprio sangue na próxima esquina,
A noite claria qual disparo do bufante,
Refez a trilha violenta ao caminhar.
A cegueira afasta-se indolente!
E o adocicado aroma das brumas se lança por longe,
Ao meu encalço!
Do meu paladar!

Divaste!


Eu tenho a vingança,
O mal reside em mim...
Ninguém me ameaça!
Se eu fizer uma coisa ruim eu terei tudo de volta.
Mas, ainda assim, farei!
Eu tenho a vontade,
Para destruir um mundo em que você quer viver...
Preocupe-se como um menino à esperança!
Que nada vai prejudicá-lo!

Eu guardo rancor de alguém!
(aqueles reúne todos os poderes do amor)
Eu tenho uma alma sombria de vingança
Para tornar a vida insuportável na Terra.

Ninguém há que dê a mim seu amor.
Ninguém há que me guarde a casa.
Jamais ficaremos juntos, pois ele esquecerá...
E jamais voltará seus olhos à minha alma dolorida!
O tempo passa e você, choroso, repita o seu auto!
(as guerras irão destruir todos os bons)
Deixe que o rancor reviva a esperança.

Guarde seu rancor e em tempos de guerra,
Demonstre o quão aprendeu a amar!
Guarde seu rancor no fundo do baú após as cinco chaves da noite!

 
 
Zu Angst!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"Esta página não pode ser exibida!"


Páginas e mais páginas da minha vida...
Exibidas que queiram ser!
Visitadas que desejam estar.
Algumas repletas de curiosidades...
Outras repletas de um vazio infinito!
A infinidade do nada.
Quisera eu mostrá-las todas...
Mas, por que desgostar àqueles que poderiam gaudiar-se?
As melhores se mostram.
Raros momentos de grata melancolia...
Poucas horas de contentamento!
Sínteses de uma vida por viver.
Páginas e mais páginas da minha vida...
Lidas por amigos!
Inquiridas por inimigos.
Em branco...
Grafadas!
Garrafais.
Páginas que mostro...
Laudas que demonstro!
Linhas que "epifanio".
Conteúdos lícitos...
Memórias pródigas!
Pensamentos sórdidos.
Páginas de amizade...
Letras de inimizade!
Palavras não reclusivas.
De todas estas, as que mais movem no interior do meu ser...
São as encimadas!
Esta página não pode ser exibida.

Divagações...



Estava dirigindo do trabalho pra casa, de repente aquele estouro:
- Que droga, o pneu de novo?
Era a terceira vez no mês que isto acontecia. Eu desci do carro, chutei o pneu o mais forte que pude. Senti que foi forte: quase desloquei o pé. Falando impropérios à máquina, como se ela tivesse culpa de alguma coisa... Eu não fizera a devida manutenção.
Bem, eu estava no meio do nada! Após o trabalho me resolvi por uma esticadinha, e fui dar umas voltas sem destino certo. O resultado não fora tão bom!
Eu ouço um barulho e me ponho a escutar. Por incrível que pudesse parecer... um carro, tal como o meu, se aproximava velozmente até certo ponto e... reduzia a marcha.
Olhei pro céu num gesto de "Obrigado, Deus!", enquanto o carro parava do meu lado.
- Algum problema amigo?
- Não, talvez de algum ponto de vista que agora não consigo enxergar!
- Pneu, né? Estepe?
- Não!
- Nossa! Olha, por que não vem até a cidade, não é muito longe, a gente leva o seu pneu, dá uma olhada, e depois voltamos pra buscar o carro!
- Nós?
Sob sol a pino eu comecei a suar gotas geladas!
- A menos que prefira ficar por aqui - disse olhando para o tempo. Por mim tudo bem.
Ia se voltando pro interior do carro, quando decidi agir.
- Tudo bem, mas, você teria um macaco aí? Eu não tenho um desses!
A pele ardia envergonhada, afinal, todo mundo tem um macaco no carro!
- De que mundo você saiu? Nunca vi um carro sem estepe e sem macaco!
- Tá vendo agora.
Enquanto eu sorria gostosamente, ele se ajeitou no banco do carro, pensou um pouco, saiu do veículo deu a volta e retirou o aparelho do porta-malas.
- Vamos lá então. Sabe usar um destes?
Disse, denunciando num sorriso, um sarcasmo que não me comoveu.
- Sim, claro! Dá aqui!
- Como pode andar por uma estrada destas?
- Não sei. Nem sei o que estava fazendo por aqui.
- Certo. Vamos lá, em alguns minutos estaremos de volta.
Nascia, nesse dia, uma longa história de amizade, que, como sempre, eu não pretenderia alongar por muito tempo. Mas, o tempo, ele se encarregara de todos os pormenores.