sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Outra Casa


Por minha porta hoje entraram
a esperança morta
e a razão cega
Cantaram, banquetearam-se e me beberam o vinho da dor
aqueles que não mais vivos estão.

Eu destruíra a tudo e a todos,
Não me sentia forte...
Espinhos me ferindo o caminhar!

Coberto por lamúrias de viúvas numa noite azul.
Apaguem até o último raio do sol.
Que eu não mais veja a lua a gelar-me a saudade.

Uma fera sem beleza mendigando afeto.
Disto me tenho feito!
Quem quereria me abrigar?
Alguém me poderia dizer: - Viva!?!?

Natimorto nesta dor...
Vivendo sem sonhos
Andando sem mover-me do lugar!

Corvos e moxos me guiam ao meu lugar,
Vislumbrar a face do Homem!
Adindo forças do tormento.
Alma sacrificial por migalhas de virtude.
"Fora da visão, longe do tempo, pra sempre distante da mentira"

- o retorno à Outra Casa
Janelas douradas no horizonte
Portais Eternos dias e noites a fio.

A vida é um doce aroma não pressentido por quem morto jaz!


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