sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Quando eu ouvir meu NÃO!

Ainda não ouvi meu músculo pensante dizer um não e voltar atrás...
(Exceto por interferência daquele que pulsa!)

Hoje destaco-me do "mundo",
Não mais serei refém de dissabores...
Não mais me provarei em desamores;
Serei apenas Eu!

Não mais sentirei dor
Não mais verterei gotículas salutares
Não mais viverei
Não mais serei refém de mim mesmo!

O ouvido se cerra a várias ações.
O tato nem sequer pode ser ouvido.
"Pérolas aos porcos", diriam-me então...

Talvez se eu tivesse ouvido
Talvez se eu tivesse enganado
Titubeado ou mentido...

Maldita seja a verdade que me aprisiona
Maldito seja o horror da noite em que nasci
Maldição de mentira tem sido o nascer do sol
Uma bênção a cada dia mais ausente...

Uma música sem autor
Uma nota sem tom
Uma letra ao que não sabe ler...

Vida tola e dissecada de sonhos que jamais se miram
Morte esperada e atroz demais para ser compartida
Fragmentos de mim que não negativam
O tudo no todo em vão se dissolve!

E ninguém me ouve...
O clamor intenso de uma anima
O rumor sóbrio de um pulse tangite
Ninguém me acredita o NÃO!

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