sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


Os choro dos gêmeos se ouve no amanhecer.
Vida dissoluta e aprazível.
Seu choro põe as amas em riste.
Perversa competição!

(- Não preocupa-te tanto: Há que um viva!)

Choram os gêmeos ao adolescer.
Pragas alquebradas.
Poesia vazia, não sabem escrever.
Desvairada vivacidade!

O moço mira-se ao espelho.
Fria superfície maltrata sua existência.

("-Não há gigantes. Até mesmo os fortes caem!")

Debilidade vencida.
Fealdade prescrita.
Medo trancafiado a sete chaves no Baú do Silêncio!

Sai o lobo ao luar:
Brinda-lhe os homens ao seu uivo.
Existência suprimida de vida!

Alcatéia dilacerada.
Perdão aviltado por chaga mortal.
Luar esplêndido a banhar-lhe as lágrimas.

A maldição quebrada jaz.

("Há que um viva!")

Os gêmeos o deixaram de ser sacrificialmente!
A morte fora enganada.
A vida fora tragada!
Prêmio ao vencedor: morte homérica jamais esquecida!

"R.I.P. Dannie loved brother, loved son, loved friend!"

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