quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Retorno aos Keat...

Eles continuam lá!
Sua oca sombria,
sem vida
sem luz

Eles permanecem intocados!
As almas vazias,
frias
vazias.

Voltar aos Keat...
Despertar uma montanha adormecida
- de um passado duvidoso... -

Retornar aos Keat
Ver todo o meu sacrifício por vida...
- ser desfeito pela vida -

Não havia outro caminho...
Um meio intacto a valer,

Estar aqui é como lá estar...

ver todo o sangue que por minha boca já passou...

divisar tudo o que já sentiu o cardio tangite...

Ainda assim, é preferível estar aqui...

É-me prazeroso o sofrimento...

Deliciosa dor que me traga...

Maliciosa maledicência a calentar o meu frio ser!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sentido Único


Que seria a esperança para alguém que não mais vive?
- morreria talvez novamente em sua tola esperança?-

Viajante na estrada do ser...
Única via divisada!

Nada que perder...
O menos a arriscar...

Se delineia o horizonte ante os olhos,
Trás os montes, há pôr do Sol!
O ontem se dissolve em esperanças no amanhã.
A vida tem se feito afável!

No clamor das montanhas, ouvem-se as cascatas.

Mas..., vide!

O caminho não se faz ao caminhar, antes...
Fecha-se negando passagem.
Acendem-se memórias há muito adormecidas.
Perda que não se queira ter.
Dever que não se queira prestar.

Felicidade? Explosão química desmazelada.
Amor? Vida esvaziada pelo ópio do coração.
Fé? Virtude cega e amestral.

O caminho não se faz ao andar.
Fechar-se!

Não há retorno.
Fachada viva!

Sentido ode mortal!
Norte e Sul invislumbres.

Estrada de ida sem volta: morte!
Sentido único da vida!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sono!


O sentir um abraço terno!
Ai, que Morfeu jamais me deixa!
Parece-me até que Hades a visitar me vem!

Mas qual não é a minha surpresa diante deste dia!
O sol tinindo todo o seu ardor e eu aqui...
A dormir dentro de mim...

O sentimento se foi, não há destino!
A dilacerada paixão calada há que permanecer...
Lua que me afaga o peito dorido!

Não te contropunhas um punhal cravejado de brilhantes lágrimas?
Sim, há que não dormir pela dor da tua presença!

Mas, a tua ausência se põe pior aos meus olhos!
Meus braços que aninham-te, não te sentem mais!

Ah, sono do Hades!
Ah, quimera inlúcida!
Ah, vida dormida....

Pranto mudo para um lábio seco....

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Paciência


Maldita seja toda a virtude...
Amaldiçoados sejam aqueles que não a veneram.
A retocada calma de toda espera, banida será dos mortais!

O bem feitor que sempre tarda.
O amanhecer que deixa-se embalar pelos raios lunares.
O nascimento, ora, tardio!

O bem que havia de contemplar-se!

Porte-se aos Umbrais da Espera!
Quatro companhias te fazem sentir solidão!

A mãe - o cuidado em afeto (jamais negado, qual seja a circustância!)
A criança - a inocência (que se perderá!)
O adolescente - rebeldia contumaz (mentira pérfida e sazonal...)
O pai - tirania desregrada (um dia se torna em noite e o arrependimento é como sangue á boca!)

O que te poderiam exigir?
A calma, banquete tolo!
A espera, outra opção a olvidar!
A tranquilidade, inferno na terra das maldições!

Em tais companhias te deixas (posto que os tem por família!)
Merecedor que és do que recebes!

Oh, Paciência!
Bendita sejas tu entre todas as virtudes!
Abençoado aqueles que te veneram!

Os imortais não mais tem  pressa, deixam-se em calma e espera!

Tsebaoth!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Turn Time

Mais um ano que se passa!
Mais um tempo que se perdeu!
- Ou não! -

Uma vitória que, contada, nem sempre vivida...
Acarreta uma série de percalços ao meu incauto coração.

Vida que me dilacera por não poder viver!
Féu doce de mais, até ser provado!

Céu azul de mais, até me lançar às trevas do abismo!
Flor não desabrochada!
O feto que reluta natimorto!

Vida perdida...

O tempo!
O meu feroz inimigo de toda uma vida!
O melhor amigo da minha morte, uma vez que a traz em seus horrendos braços.

O ano que inícia me traz muitas futuras recordações...
Sim, futuras recordações...
Sonhos que em certo, falhos, se concretizarão!

O torpor que me adoece ao fim de cada passagem...
O remeter de uma longa passagem que, em vida, carrego na morte de 300 anos mal vividos.



Tsebaoch!!!