segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Paciência
Maldita seja toda a virtude...
Amaldiçoados sejam aqueles que não a veneram.
A retocada calma de toda espera, banida será dos mortais!
O bem feitor que sempre tarda.
O amanhecer que deixa-se embalar pelos raios lunares.
O nascimento, ora, tardio!
O bem que havia de contemplar-se!
Porte-se aos Umbrais da Espera!
Quatro companhias te fazem sentir solidão!
A mãe - o cuidado em afeto (jamais negado, qual seja a circustância!)
A criança - a inocência (que se perderá!)
O adolescente - rebeldia contumaz (mentira pérfida e sazonal...)
O pai - tirania desregrada (um dia se torna em noite e o arrependimento é como sangue á boca!)
O que te poderiam exigir?
A calma, banquete tolo!
A espera, outra opção a olvidar!
A tranquilidade, inferno na terra das maldições!
Em tais companhias te deixas (posto que os tem por família!)
Merecedor que és do que recebes!
Oh, Paciência!
Bendita sejas tu entre todas as virtudes!
Abençoado aqueles que te veneram!
Os imortais não mais tem pressa, deixam-se em calma e espera!
Tsebaoth!
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