domingo, 20 de março de 2011

Inominável


Meus arrouxos agudos ecoam através dos mortos
Areias escaldantes sob pés moribundos
- O paraíso é avistado à seguir... -
Hipócritas anátemas caminham ao meu lado.

Quantas dúvidas até que meu nome seja perfeito?
Sozinho não tenho ousadia
Fé tem sido o escárnio ao meu shekalim
Me traspasse com a sua lança!

Maldita serpente amante!
Filhos sem pai, herdeiros da zombaria
Não deite-se comigo
-, este é o caminho errado! -
Estupro à minha efígie

Pranteie comigo agora
Espurgue o fruto do meu desprezo
Meu ódio não é sorvido de cálices dourados
- , suas mãos não os poderiam apalpar! -

Cante, uma vez mais, a sombria música de outrora
Ferida pra sempre em sua lascívia
Não sinta o sabor do sangue que me escorre pelos dentes.
- feridas de morte em cavidades pútridas... -

Tenha aquele que se assenta piedade dos que não conseguem parar
Lance-os à escuridão dos abismos eternos.
Filho da alva no poço de piche.
Sonho de vida que jamais retorna!

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