domingo, 20 de março de 2011

Perdão


Eu caminhei sem direção.
Noites e dias sem fim.
Pareciam intermináveis.
Na minha falsidade, felicidade.

Queria sorver todos os sentimentos.
Fraquejar no meu ponto mais íntimo.
Tentei compreender.
- Lance-se como cobaia, ao coração.

Nada do que eu faça terá valor.
Esforços meus não raiam ao amanhecer.
Por querer, não quis.
E acreditava, piamente.

Eu jamais amei!
Nem ao enforcado que fora tirado.
Verdade anti umidade,
Meu choro, teatral, se fazia.

Excrementos de um experimento.
Do qual eu daria cabo.
Feliz por comparar:
Quanta debilidade!

Me fiz amar.
Nada por escambo.
Senti o prazer carnal,
Paguei por isto.

Ninharia a quem nada me podia oferecer.
Ofertório àquele que nada tinha à me doar.
Crença tola: o sentimento.
Valor imerecido: razão.

Volte o insano ao seu lugar.
- onde acredita sentir! -
Seja a Terra governada pelos donos dos escudos.
Por que sentir?

Ria-me na escuridão!
O patético sentimento se sondava a mim.
Palavras mentirosas:
"- Perdoa-me!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário