quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um novo desejo!


Eu que sempre "fui" da noite!
Apaixonado pelas sombras.
Amoroso com a escuridão.
Afastava-me do sol.
Escondia-me da luz!
Agora, vens tu, sentimento e me deixas sem o chão tão seguro que desenhei a nanquin!
Olha-me de soslaio o coração e implora por um raio do Esplendoroso Luminar!
Alça-me a mão e guia-me o rosto em direção ao infinito das possibilidades.
Como quisera eu poder atendê-los!
Como quisera eu acreditá-los!
Como quisera eu viver!
Desfrutar essa existência!
Banhar-me ao rio desse prazer.
O que me impede? Perguntas-me.
Eu mesmo. Respondo-te.
Por ser dado a ausência da claridade, não apercebi muito que me aconteceu.
Não vi a beleza dos sentimentos!
Não discerni a pureza do olhar!
Não acompanhei o galgar do coração por vales verdejantes.
Não pude presenciar o voejar gracioso das asas da felicidade.
Nem tive a chance de sorrir livremente.

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