As palmas se encontravam vigorosamente ante à marcha rumo à morte.
As vaias denotavam a aproximação da forca.
Cada passo na subida da escada era como um segredo desvendado.
O riso zombeteiro ribombava nas colinas enquanto a corda era posta envolta ao pescoço.
O olhar ansiava pela queda do corpo pela abertura do cadafalso.
Mãos se apertavam a cada suspiro espásmico do corpo esvaindo-se em vida.
"Lágrimas e versos provinham de corações bondosos!"
Despojos lançados ao cadáver eram o prêmio por sua traição.
Ao cair o corpo ao solo, sem vida, a turba diluía-se.
- Terminara mais um espetáculo!
A "humanidade" destruía a sí mesma por não conceber o perdão.
O homem (que) se julgava senhor de toda a sabedoria.
O morto repousava (agora) indigente.
A morte reinava prazerosa em meio à vida - aguilhão em riste.
Mansidão?
Mutila-se o fraco!
Justiça?
Oprime-se o pobre!
Clemência comprada por trinta moedas de igual valor em uma praça fétida.
Onde está o amor?
Impropérios à inocência!
Os habitantes do abismo não conhecem o sentimento.
A casa da perversidade tem na alma o seu próprio veneno.
"O coração bondoso derrama-se em lágrimas ante o abandono!"
Ei-lo em sua lápide:
...
Zu ewigkeit!
- O grifo refere-se à letra da música Gaudium, da banda alemã de gothic poet metal Krypteria, faz parte do álbum Liberatio, lançado em meados de 2003.
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