terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"Gaudium et nom felicitas"


As palmas se encontravam vigorosamente ante à marcha rumo à morte.

As vaias denotavam a aproximação da forca.

Cada passo na subida da escada era como um segredo desvendado.

O riso zombeteiro ribombava nas colinas enquanto a corda era posta envolta ao pescoço.

O olhar ansiava pela queda do corpo pela abertura do cadafalso.

Mãos se apertavam a cada suspiro espásmico do corpo esvaindo-se em vida.

"Lágrimas e versos provinham de corações bondosos!"

Despojos lançados ao cadáver eram o prêmio por sua traição.

Ao cair o corpo ao solo, sem vida, a turba diluía-se.

- Terminara mais um espetáculo!

A "humanidade" destruía a sí mesma por não conceber o perdão.

O homem (que) se julgava senhor de toda a sabedoria.

O morto repousava (agora) indigente.

A morte reinava prazerosa em meio à vida - aguilhão em riste.

Mansidão?
Mutila-se o fraco!

Justiça?
Oprime-se o pobre!

Clemência comprada por trinta moedas de igual valor em uma praça fétida.

Onde está o amor?
Impropérios à inocência!

Os habitantes do abismo não conhecem o sentimento.

A casa da perversidade tem na alma o seu próprio veneno.

"O coração bondoso derrama-se em lágrimas ante o abandono!"

Ei-lo em sua lápide:

...



Zu ewigkeit!

- O grifo refere-se à letra da música Gaudium, da banda alemã de gothic poet metal Krypteria, faz parte do álbum Liberatio, lançado em meados de 2003.

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