O médio planeta habitado gira em sua órbita.
Eu permaneço inerte nesta imensidão.
Não quero compreender sentimentos.
Os mares rebatem a aproximação da "porção seca" com suas ondas vorazes.
Eu o observo em tranquilidade e paz (na minha guerra interior).
É impossível não notar sua vibração.
O firmamento anuncia o Magestoso Astro a raiar.
A minha sina se reinicia sob o cantar dos pássaros.
É inútil tentar fugir de uma linha já dantes traçada.
As estrelas pontilham o céu.
Eu as admiro, são como jóias da Astro-mãe.
Sua beleza é inconfundível.
Os rios secam em seus leitos antes verdejantes.
Fui eu quem retirou a primeira árvore de lá.
O meu pecado faz mal a toda a humanidade.
As árvores padecem sob a insolação.
Fui eu quem provocou o desmate.
Minhas ações reverberam o que vai na minha vil alma.
As crianças choram sem um motivo.
Eu as engano sempre que sobrepõe-se a minha ironia.
São surdas, cegas e mudas, não se apercebem de nada.
A minha memória está fraca!
Sou uma sílfide que bebe o próprio veneno.
Num mar de sangue devo padecer.
Morte, doce alento que lenta e zombeteira me acerca!
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