sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sentado á beira da maré.
Homem, que se julga humano, permanece.
As ondas das águas refletem o brilho da Lua.
O menino, dentro, chora compulsivamente.

A maldição das raças...
Dos ritos, a religião...
Dos sentimentos, as ações impensadas.
Dos avisos, falta distinção...

Um sorriso ecoa ao longe.
Destino vil de quem só quis sentir.
O choro é doce.
Assim como aprazível é o féu para aqueles que dele se agradam.

Oh, existência dúbia!
Dia oblongo em que nasceu!
A virtude da vida não é a morte!
A calma irreflete-se em intolerância.

Sem nada pra dizer.
Os sonhos a falsear.
A escuridão por obicurar.
A vida por viver.

Queria uma noite de amor.
Um carinho verdadeiro.
Afago de um sorriso.
Abraço em um beijo voluptuoso.

Como?
Por que se foi tudo o que lutei e relutei em construir?
Poder-se-ia terem-no tirado de forma tão abrupta e cruel?

Não, sire!
Ódio não é meu vizinho...
Mágoa não divide comigo o assento do ônibus...
Perfaço só o meu caminho.

Sozinho.
Despido.
Choroso.
Assim como cheguei ao mundo, dessa forma parto!

*Em memória de Seoki, 23/02/2011

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