- Que foi Toni?
- Nada...
- Esta cara não parece uma cara de “nada”.
- E como é uma cara de “nada”?
- Não sei mas, com certeza, não é esta!
- Me deixa, ta bem?
- Então?
- Se te disser tu não acredita mesmo!
- Diz logo, moleque!
Toda as vezes em que o irmão mais velho o tratava assim, ele sentia vontade de voar-lhe ao pescoço e esganá-lo.
- Eu consigo saber o que as pessoas pensam.
- O que? - O irmão gritou incrédulo.
- Você está pensando naquela menininha que fica na porteira da fazenda de baixo.
- Mãe, o Toni ta inventando estórias!
A mãe não deu importância, apenas olhou pra eles de onde estava.
- Vocês não tem mais o que fazer? Terminem já com estes limões que o pai de vocês já está chegando e nada de refresco...
O irmão se levantou e saiu correndo com o estilingue em punho atrás de uma revoada de andorinhas que ziguezagueara por ali.
- Eu sei o que você pensou Arthur, agora já sei onde fica quando quer ver a menina tomando banho! Hehehehehe.
E continuo descascando os três limões que ainda restavam.
Zu ewigkeit!
*O fato, a narrativa, ambiente e pessoas são personagens fictícias qualquer semelhança terá sido mera coincidência!
Nenhum comentário:
Postar um comentário