sábado, 9 de janeiro de 2010

Ravenheart!



Impropérios sentimentais!
Menino natimorto.
Ressurgido das sombras de um coração.
- A perfeição falece afogada em uma tarde cinzenta -
Não há choro.
Não há luto.
Lágrimas não rolam.
Ao sepultarem o terceiro dia apercebem-se.
Lâminas tubulares vítreas lhe cercam o músculo cardíaco.
- A ceifa foi tragada por sua própria vitória -
O pai, o desprezo, o sorriso.

A maré se desenrola em ondas devolvendo a vida.
Pios na noite, pássaros em agonia.
- A felicidade foi desprovida de suas asas -
O destino sequencial não tarda em reordenar-se.
Sem riso.
Sem fausto.
Gáudio dissoluto.
Ao despertar de uma manhã o sol torna-se sangue.
Olhares que se entregam em plena volúpia.
- A companhia é carente em sua própria oferta -
O filho, a alegria, o lamento.

Inseguranças emocionais!
Pensamentos irracionais.
Providos de uma célere lembraça.
- A razão não mais é desejada -
A vida sem luz, jaz equânime à beira do abismo.
Sem sabor.
Sem cor.
Movimentos incólumes.
Ao som da música se refaz o caminho.
A melodia atenta ao laço.
- Os ritmos sonoros envolvem um novo alvorecer -
O amante, o desespero, o bem querer.

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