quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Labirinto...
Eu não queria ser legal, só queria ser eu mesmo.
Não queria abaixar a cabeça quase sempre.
Viver num mundinho inventado.
Ter ilusão proposital para cada vez que alguém erra comigo.
Chorar no escuro para continuar passando a impressão que sou forte.
Permanecer longe, quando, o que mais queria era estar perto!
Ficar parado, inerte, quando a dança me convida bruscamente.
Amar quando nem sei o que poderia vir a significar esse termo.
Ter coragem quando deveria acovardar-me.
Demonstrar ansiedade quando minha alma jaz tranquila em sua tumba.
Dizer que senti quando não sei o que é sentimento.
Queria voar pra não ter a sensação de que o chão me mantem preso à ele!
Pensar mais em mim quando ninguém mais pensa.
Tomar minhas decisões erradas e não me angustiar pelas suas consequências.
Queria morrer afogado em um mar de lama gelado.
Pra ser anestesiado.
Pra não ver o momento exato do exausto.
Pra não ser encontrado!
Nascer não era substancial.
As linhas tênues do destino eram ingênuas.
Terminar sempre no começo e começar sempre no fim são minhas metas.
Sozinho.
Abandono.
Desprezo.
Adjetivos indóceis pra um viver amargo.
Vida selvagem sem ar puro.
Momentos insones de um zumbi desperto.
Vantagens sobre quem não percebe a vida.
Nostálgico!
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Ei, Henry! Quanta verdade nesse texto, ou quanta mentira! Penso dessa forma, por mais que aí suas verdades estão transfiguradas, elas carregam a mentira do que muitas vezes somos. Somos um turbilhão em movimento, um causa justa e sem fim de escolhas erradas, condicionamentos impostos, sentimentos falsos ou verdadeiros, não importa! Somos vida Henry, da maneira que for, ainda somos... Então, resta-nos pensar sobre toda essa engrenagem que nos move. Façamos isso através das palavras. Deixemos a alma falar por nós... é assim, que deve ser.
ResponderExcluirQuanto ao seu comentário em meu blog:
Oi, Henry que bom que sempre acompanha essas minhas palavras umas vezes carregas de amor, outras de um certo ódio repentino. Obrigada pelo elogio, isso só me entusiasma ainda mais a escrever, não importa os motivos. A vida tem mesmo tudo isso. Viver é realmente qualquer coisa que podemos imaginar e eu sou qualquer coisa além de mim, como certa vez, afirmei em um poema. Eu tenho a paz e o tormendo junto à alma e as palavras são muitas vezes o equilíbrio que preciso.
Um forte abraço!