I
Ingratidão!
Jamais espere retribuição de nada!
A flor, o gesto, a palavra, a vivência!
Gratidão!
Atiram-na pela janela e esmiúçam aqueles que a exaltam!
A flor, o gesto, a palavra, a convivência!
Ingratidão!
Jamais expresse seus sentimentos!
O gesto, a palavra, a sobrevivência!
Gratidão!
O caminho fica raso sob o seu passar!
A palavra, a subserviência!
II
As pessoas não conseguem entender...
E por não entender, ou me ver em si mesmas, imaginam-me como mero receptor de agradecimentos!
Nada faço em busca disto!
Pessoas não sabem agradecer!
Não me venha com suas palavras tolas!
Com seus gestos vis!
Faço e faria pela eternidade!
Mas por mim o realizo, sinto-me bem, e pouco me importo como se sintam os outros.
Egoísta!
Frio!
III
Não se calem, joguem-me uma torrente de dissabores, e nem assim usufruirão do meu ódio!
Ele calou-se ao desprezo!
Mostre-me os meus erros mais infames, as minhas mais sombrias perspectivas falhas e ainda assim, nada tirarão de mim!
Nenhum sentimento, nenhum comportamento!
Não sou reflexo das tuas ações, mas reflexo daquilo que opto por ser!
Saiba: teus ódios mortais não podem me abalar; teu desprezo infundado me abre os olhos; e os teus “achismos”...
Oh! Insanidade dúbia!
Oh! Malevolência remediável!
IV
Não podes me odiar, teu desprezo não existe em ti.
Dói-te o fato de que em mim não exista amor!
Não posso te presentear uma flor!
Gesto digesto não receberás!
Palavras doces banidas estão do meu vocabulário!
Vivência e convivência nada mais são que meios supra de sobrevivência no mundo que eu mesmo construí!
Nele não podes habitar!
Não tens valor para tanto!
Não discernes sabres e sabores de lágrimas!
Não lanças ao pó a tua dor e assimila o que tem a te dar!
Vil!
Indócil!
Mundo de fantasias!
Montanhas azuis cobertas de pedras intransponíveis!
Eis a minha felicidade!
Posso musicar issu? é maneiro pacas...
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