terça-feira, 16 de junho de 2009

Sexo Humano... ou Quase!

Hoje acordei com um desejo intenso de fazer sexo, descarregar os hormônios contidos, durante esta castidade forçada, por um ego emocional inválido. Fiz algumas ligações; Tudo certo. Dentro de alguns minutos receberia a resposta; O telefone toca. Me recuso a atender às voltas com minhas centenas de milhares de pensamentos; e me incomoda bastante: se a necessidade é minha, por que preciso envolver alguém mais? O que me garante que quando recebo uma resposta positiva seja sinal de que a pessoa também deseja o que eu desejo? Seria um caso de se objetar? Me entregar tal qual um animal à prática de algo apenas por um prazer superficial e limitado pelo tempo, curtíssimo tempo, sem levar em conta os sentimentos, a pureza, o sabor de alguma coisa mais densa que o que aflora apenas na derme? Acho que meus pensamentos, por vezes, não agradam muito ao meu corpo. As vezes meu corpo até faz coisas que só depois é que venho pensar sobre. Veja o caso: Sexo. Como humano eu deveria levar em conta "n" fatores, mas não o faço. Antes de tudo e de qualquer coisa, penso em mim. Em satisfazer a minha, prima, necessidade. Depois de roupas vestidas, fumando um cigarro, "amavelmente" pergunto: "E então, o que tem feito de emocionante?". As vezes nem mesmo lembro de perguntar alguma coisa. Tenho que voltar ao trabalho; sair com alguém importante; ver alguém da família que estivera hospitalizado; levar o cão ao veterinário; lavar o carro ou mesmo levá-lo à revisão. Sempre sou assim, ocupado de mais pra me preocupar com os outros. E assim, hoje, depois de recusar o recebimento dessas chamadas. Fico olhando as montanhas que se descortinam à minha frente. Acendo um cigarro e, chegando junto da janela, percebo que as pessoas já estão muito envolvidas com o seu dia-a-dia. Será que já fizeram sexo hoje? Esta semana? Este mês? Repentinamente me preocupo com elas. São seres humanos como eu. Egoístas tanto quanto ou mais que eu. Se preocupariam em querer saber se havia sido bom pra ambos? Em insistir se realmente era aquilo que os dois queriam? São humanos. Seres humanos. Praticariam um sexo humano? Cuidadoso, saudável, responsável, preocupado. Terno - por que não? - em que cada carícia pudesse se assemelhar a um perseguidíssimo troféu de grande competição? Um sexo humano, equivalente, igual, sem se tirar proveitos, nem se preocupar em perguntas forçadas, sofreguidões fingidas. Um sexo humano, por humanos e para humanos compartilharem entre si. Aceito as sugestões. E antes que eu pense mais em sexo. Deixe-me ir ao trabalho! Bom dia!

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