quinta-feira, 23 de julho de 2009

Despedidas


Adeus é uma palavra forte.
Mais pra quem vai.
Ainda mais pra quem fica.
Sentimos a perda materializar-se em nossas vidas, em nosso ser, como nunca imaginamos ser possível.
Mas alguém sempre nos diz adeus.
E nós dizemos adeus!
Àqueles que nos somam apreços.
Àqueles que nos torturam a alma em uma escravidão cega da qual não procuramos nos libertar.
E nos dizem adeus!
Aqueles por quem mais nutrimos um sentimento mesquinho.
Aqueles que entraram em nossas vidas sem bater às portas.
Uma despedida é um ciclo.
Um que se vai, um que permanece e, com certeza, outros que virão.
A vida não pára, jamais!
E a cada despedida devemos estar prontos para aceitar que ela foi apenas mais um elo de uma grande corrente que se uniu.
E as despedidas acontecem com mais frequência que as possamos perceber.
O dia se despede da noite.
A noite se despede do dia.
A vida se despede da Vida.
A morte chega e gera mais despedidas.
Namorados se despedem e nos despedem.
Maridos despedem esposas e filhos.
Mas todos encontram um novo lar, um novo lugar, um novo coração, um novo rumo, um novo caminho.
O que lamentamos é que na ausência do permanecer, não nos conformamos que ela tenha acontecido.
No entanto, existem despedidas piores. Aquelas que se dão sem se sair, sem se partir, sem se deixar.
É um estado odioso, lacrimável e mórbido. Que, ocasionado pela teimosia, gera a maior de todas as despedidas: a despedida de duas almas, que se desencontram e não se reencontram mais!

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