quarta-feira, 30 de setembro de 2009



Adeus Bela


Finalmente as montanhas estão cegas
Eles estão cansados de pintar um rosto vermelho de um homem morto
com o seu próprio sangue
Eles costumavam adorar tendo muito a se perder
Pisque seus olhos apenas uma vez e veja tudo em ruínas
Você alguma vez ouviu o que eu te contei?
Você alguma vez leu o que eu te escrevi?
Você alguma vez já escutou o que nós tocávamos?
Você alguma vez ouviu o que o mundo disse?
Nós chegamos tão longe apenas para sentir seu ódio?
Nós jogamos apenas para se tornar peões no seu jogo?
Quão cega você pode estar, você não vê?
Você escolheu a longa estrada, mas estaremos esperando
Adeus Bela
Fantasma de Jacob para a garota em branco
Venda para o cego
Irmãos mortos andando na terra moribunda
Lacei um coração sufocado que a eternidade separou
Devagar,toque os sinos do funeral
Eu preciso morrer para me sentir vivo
(Refrão)
Não é a árvore que abandona a flor
Mas é a flor que abandona a árvore
Algum dia aprenderei a amar estas cicatrizes
Ainda frescas da lamina ardente de suas palavras
...Como você consegue ser tão cega,você não percebe...
...Que o jogador perdeu tudo aquilo que não tem...


Zu ewigkeit!

Full Moon!


Mais uma vez observo a claria noite!
Qual sombras deslumbrantes são produzidas por uma luminosidade!
Que magnificente!
Por sobre as copas das árvores, fulgura o radiante luminar...
Triste vejo o seu bailado no céu:
Nuvens são cavalheiros que a tomam em seus braços e interligam as estrelas com arabescos imaginários.
Pudera eu ser nuvem?
Oh, intempestuosa volúpia!
Oh, prazer lacinante!
Não me haverei de pôr-te!
És, inatingível!
Sempre Nova, escreves nas “Tábuas da Minha Lei”;
Por vezes, a sinto a indicar-me.
Por outras, ouço a distância entre os meus desejos menos difusos, inflingidos pela aura misteriosa do que não posso ver.
Seria esta a outra parte?
Sentado, deitado, em pés, qual esteja, sinto-me atraído a ti.
Sorve-me, beba-me e fluirei à ti!
Rosas murcham!
Rios secam!
Ondas se invisibilizam!
Desejos “esfriam”!
Sonhos intumescem-se!
Pesadelos amainam-se!
Até o sol, perde o brilho!
As marés perdem a beleza de sua dança!
O canto dos pássaros silenciam!
No entanto, tu, permaneces!
Não importa que não te veja uma noite...
Importa que saiba da tua existência!
- Talvez se torne mais miserável a minha; -
Não importa que faça chuva!
Não importam os raios!
Menos ainda os trovões!
Sei que, por sobre as tempestades...
Teu reino jaz singular!
E, te diria, humildemente:
Teu súdito pra sempre!
- Um segundo seria eternidade, se eternidade coubesse num segundo? –
Mais uma vez!
 
Zu ewigkeit!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Incertezas...


Quem tem um espaço que seja seu, mas que sempre tem a impressão de ser observado por todos os lados, tendo a certeza de que se encontra só a maior parte do tempo.
Enquanto o que pensamos que se é, em realidade pode não ser, aquilo que é nem sempre é como pensamos que seja.

O que seria a morte em um mundo sem esperança de um amanhã?
O que seria a vida para uma pessoa que não vive o hoje por esperar que o nascer do sol traga em seus raios as asas de uma liberdade que, por tardia que seja, sempre é desejada?
E o que vem a ser a liberdade?
De que fonte jorra, para que todos a busquem incessantemente?
Uma idéia fixa?
Uma mal refletida imagem de uma utopia histórica?
Qual sua origem?
Como explicar sua expansão em meio aqueles que, quanto mais lutam para aproxima-la de si, só conseguem distinguir mais distância e inacessível espaço entre ambos?
Àqueles que sentem a realidade humana e anseiam pelos primórdios que permeiam a convivência secular da moralidade ética versus a contextualidade social, cultural e pessoal de uma sociedade subumana que luta cotidianamente contra a margem elitista catalisadora de sua reversa promoção.
Sejam práticos e expressivos – tanto na banalidade quanto na legalidade – na vida quer seja em liberdade ou “escravidão” por onde quer que passemos.
À Dath McDowell

Zu ewigkeit!

domingo, 27 de setembro de 2009

Esse amor...!



Que amor é este?
Que não se prende fielmente;
Que não trata de lealdade;
Que fere;
Que mata aos poucos impulsivamente;
Jamais pretendo amar...
Ou mesmo descobrir o significado desse termo!
Não pretendo trair alguém que sinta prazer em minha companhia.
Não pretendo magoar alguém que busca me compreender.
Não pretendo fazer chorar quem me faz rir.
Não pretendo ver o outro como não veria a mim mesmo.
Quero fazê-lo sorrir sempre!
Que a minha silenciosa companhia seja um bálsamo!
(Há quem queira isto!)
Que os momentos de prazer não sejam “eternos enquanto durem”, mas, que durem enquanto se eternizam.
Que juntos possamos falar bobagens e não nos preocuparmos com o tempo que gastamos com trivialidades.
Que juntos venhamos a rir do sorvete que sujou o cantinho da boca, aquela camisa que há tanto queríamos, as mãos que ansiamos pelo toque.
Que estejamos juntos, calados, parados, apenas desfrutando de ambas as presenças.
Que possamos estar, em todos os momentos, apenas estar!
Que compreendamos o que quer que seja por mais que não tenha sentido algum.
Que consideremos importante a discussão sobre um tema qualquer, por mais que não nos interesse naquele momento.
Que não nos separemos por um filme que passa na tv, ou por um som externo aos nossos sonhos.
Enfim, que sejamos um, afinal uma entrega total requer isto.
Portanto, não sinto-me preparado para isto, mas quando acontecer saberei retribuir, pois fará diferença para nós dois.
Seria isto amor?


Zu ewigkeit!

sábado, 19 de setembro de 2009

5770! Shanah Tovah! Feliz Ano novo de 5770!

"...e o homem foi feito alma vivente..."  (Bereshit, Torá)

  Neste dia 18 de setembro, após o entardecer, as mesas postas com toalhas perfumadas, adornadas de pães e pratos especiais, doces, vinho, maçã e mel. A luz da vela, acesa por uma mulher consciente de seu papel no processo de humanização, iluminando os rostinhos das crianças ávidas pela doçura de uma vida plena e as faces dos anciãos marcadas de uma esperança que se renova a cada ciclo. Todos cantam, todos se abraçam no abraço humano, feito de calor e amizade, força e vida e todos ouvem o gemido do Shofar. É Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico de 5770! Mas, ainda que comemorado apenas entre nós judeus, não é apenas uma Festa Judaica. É uma Festa da humanidade! Uma Festa em que se comemora o dia em que a Alma do Universo olhou um estranho ser na terra, nas regiões horizontais, nos vazios mesopotâmicos, um ser apavorado com os ruídos bestiais e com a escuridão noturna, escondido nos buracos em que se protegia dos uivos macabros, da densidade e das sombras, e o tomou pela mão...Neste dia, a Ruach haElohim (o elemento feminino do Eterno) o tomou pela mão e o colocou em pé, olhou nos seus olhos esbugalhados, nos seus lábios cortados e aproximou-se dele, beijando-o nas faces e soprando sobre ele aquele fogo de vida.  

  E assim, do encontro dessas forças da “Creação” com o estranho ser, e do beijo e do perfume do vento, surgiu Adam, a Humanidade, feita de pó e sangue, de fogo e vida, de medo e coragem, de fome e inteligência. Desse encontro surgiu “ish-ishá”, a Humanidade com suas faces masculina e feminina, com a força e com a poesia, com a guerra e com a música.E seus olhos se abriram para enxergar, e seus ouvidos para escutar e, erguendo-se, forte e vertical, suplantou o medo, venceu as bestas, transpôs obstáculos e foi dando nomes para tudo, porque tudo era seu. E cavou buracos no chão para dominar a semente. Ali estava ela, a Humanidade, criadora da beleza, porque são os olhos dela que criam a beleza. Ali estava ela, criando parâmetros de convivência, porque ela cria o Direito.E o homem (ish) e a mulher (ishá) desta Humanidade se olharam e inventaram brincadeiras, e descobriram que seus corpos se cobriam com um tecido finíssimo de pele humana, capaz de responder ao toque, ao beijo, ao sopro. E eles se olharam e viram que suas pupilas se dilatavam quanto mais se olhavam e que seus lábios se abriam quanto mais se tocavam. E a mulher (ishá) tomou o homem (ish) pela mão e, cantando, o ensinou a ser gente, o ensinou a descobrir segredos, a experimentar, a se mover. Agora ele era Adam (terra e sangue). E ele, o homem, abriu a sua boca para criar poesia intensa, chamando-a Havá (mãe da vida).Foi o primeiro Rosh Hashaná, o dia em que a Humanidade começou a ser a imagem e a semelhança do Eterno e, desde então, o homem deixou de rosnar para cantar. Desde então, ele deixou de fugir para enfrentar. Ele deixou de se esconder para dominar. 
  E trocou a cópula, instintiva, pelas expressões de amor e ternura, e deixou de cobrir a mulher para envolvê-la num manto de intensidade, fogo e vida. Foi em Rosh Hashaná que a humanidade se espelhou no Eterno!

Shanah Tovah! (Feliz Ano Novo)!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Estático.

Chegou de repente.
- Sem avisar! -
Um longo e negro manto cobria-lhe o corpo.
Os olhos azuis amendoados "brandiam" em uma vingança sanguinária.
A pele de um têz tão branca quanto neve, ardia resplandescente.
- Alto contraste com a boca extremamente avermelhada. -
Um toque sutil; frio; envolvente!
Uma elegância de traços e gestos que inebriava profundamente a minha alma!
Os cabelos besuntados no alto da cabeça descerrando-lhe cachos maviosos.
Postou-se lá e deixou-se estar.
Era possível sentí-lo no sangue pela pulsação de uma mórbida vividez!
Acredito que pensava que não pudesse ser observada a sua presença.
No entanto, eu o sentia. Ele estava lá!
Não havia voz que o denunciasse.
Sua presença encantada, perfeita e perene, convidativa a algo que jamais eu conseguiria explicar!
Um anjo?!?!
Um demônio?!?!?!
Não importava, lá estava, postando-se ouvidor!
Seu silêncio cativante me conquistou.
Tornou-se, então, oblíquo!
Mostrou-se. Apareceu. Fez-me vê-lo e enxergá-lo. Fez-me sentir necessidade de sua presença!
Deixava-me a queimar sob a luz do Grande Astro!
Nutria-me o negror de uma escuridão jamais experimentada!
Saciava-me a sede com um cálice de discórdia!
E matava-me!
Matou-me!
No live more!
Zu ewigkeit!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Calcanhar.

Já doeu-me antes!

E como, Sire!
Uma dor distante...
- Pode-se medir espaço dolor? –
Uma dor gostosa de se sentir
Sire! Meu doce Sire!
És um caminho maior que o mar.
És uma estrada mais aprazível de se andar.
És o vôo mais rasante a se dar.
O mergulho mais profundo.
O sorriso mais buscado.
- Que sorriso, Sire! –
Ouso atentar-te...
E vejas!
Há muito tempo que tento mover-me.
Não existem movimentos singulares, exceto até conhece-los.
Há tempos tento viver.
Esta vida, melhor a que tenho – só a mim se percebe.
Há tempos tento ser.
E me perco nas minhas interrogações.
Mas, já doeu-me antes, Sire!
Pior de todas as “aleas”.
Prende-me o andar.
Susta-me o direito de, qual sonâmbulo, sonhar um caminho veloz.
Acorda-me ante o sonho.
Adormece-me ao pesadelo.
O calcanhar.
Entendo-o!
Afinal, de todas as tuas benesses, duas me remetem a ele.
O calcanhar.
E dói, Sire.
Meu doce Sire, ele dói!


Zu ewigkeit!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Saudade!


Clique sempre sobre o local onde estaria a seta e leia a mensagem!
Bom Dia!

domingo, 13 de setembro de 2009

Parem!!!


  Desde o nascimento, somos guiados pelas sirenes reais e imaginárias do trabalho. Por isso, esfalfamo-nos, submetemo-nos a estresses variados, fisícos e psicológicos. Aceitamos trabalhar a distâncias enormes de casa. Deixamos nossas crianças a cuidados de terceiros. Suportamos trânsito, poluição de todo tipo, paisagens urbanas e rurais feias e sujas. Enfim, até mesmo o nosso lazser, às vezes, é contaminado com a obrigação de fazer algo, ou seja, cheira a trabalho.
  E, regidos por essas sirenes do trabalho, corremos e aceitamos correr mais, se necessário, sonhando em vão com um dia no futuro em que não será mais preciso correr. E, como se não bastasse, aceitamos a idéia de que tempo é dinheiro. E, se dinheiro é tudo na vida contaminada pelo material, é necessário correr mais...
  Pois bem. Já que gostamos de sirenes, que tal ouvir as novas que já começam a soar de diferentes partes?
  A natureza devastada pela cobiça humana, as culturas humanas, as espécies animais, vegetais e mineirais destruídas, os especialistas do trânsito, os lixões entupidos dos restos de um consumo em grande parte inútil, os estudiosos do estresse do organismo humano e até mesmo uma nova imagem da divindade são as novas sirenes. Todas elas clama em uníssono aos humanos modernos: PAREM de se agitar, PAREM de correr, PAREM de trabalhar tanto!
  Aprendamos as virtudes do ser receptivo, que, mesmo parado, tem o mundo a desfrutar! Aprendamos diferentes formas lúdicas da aventura, da competição, da vertigem, da fantasia, para não sermos vítimas da aventura ou da competição ou da vertigem ou da fantasia que mata... Economizemos tantos esforços inúteis, tanto desejo de correr para chegar a lugar nenhum! Não corramos e, sim, façamos a bola correr ou aprendamos a nos colocar onde ela deverá passar! Aprendamos e desenvolvamos as virtudes da ociosidade criativa por meio de livros, de conversas com os colegas mais preparados ou com terapeutas, e dos bons momentos que todos nós temos no cotidiano! Aprendamos a viver, e não apenas a trabalhar!

Por Luíz Octávio de Lima Camargo
Em Educação para o Lazer 
Zu ewigkeit!

Angels (Within Temptation)


Anjos


Anjo cintilante, eu acreditei
Que você era meu salvador quando eu mais precisava
Cegada pela fé, eu não pude ouvir
Todos os sussurros, os avisos tão claros


Eu vejo os anjos
Eu os conduzirei até sua porta
Agora não há como fugir
Piedade nunca mais
Sem remorso porque eu ainda me lembro
Do sorriso quando você me rasgou em pedaços


Você levou meu coração
Me enganou desde o começo
Você me mostrou os sonhos
E eu desejei que eles se tornassem realidade
Você quebrou a promessa e me fez perceber
Que tudo não passava de mentira


Anjo cintilante, eu não pude ver
Suas intenções sombrias, seus sentimentos por mim
Anjo caído, me conte o porque?
Qual a razão da aflição em seus olhos?


Eu vejo os anjos
Eu os conduzirei até sua porta
Agora não há como fugir
Piedade nunca mais
Sem remorso porque eu ainda me lembro
Do sorriso quando você me rasgou em pedaços


Você levou meu coração
Me enganou desde o começo
Você me mostrou os sonhos
E eu desejei que eles se tornassem realidade
Você quebrou a promessa e me fez perceber
Que tudo não passava de mentira


Poderia ter sido para sempre
Agora nós chegamos ao fim


Esse mundo pode ter abandonado você
Isso não justifica o porque
Você poderia ter escolhido um outro caminho em sua vida
O sorriso quando você me rasgou em pedaços


Você levou meu coração
Me enganou desde o começo
Você me mostrou os sonhos
E eu desejei que eles se tornassem realidade
Você quebrou a promessa e me fez perceber
Que tudo não passava de mentira


Poderia ter sido para sempre
Agora nós chegamos ao fim



Tradução de Angels (Within Temptation)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dando pérolas aos porcos...

Eu sempre penso que me conheço!

Eu vou até as raias de afirmar isto, categórica e enfaticamente...

Só que em meio aos meus devaneios mais recônditos, percebo que esta não é bem a verdade...

Ou, pelo menos, não a expressão total dela!

Há dias em que me miro no espelho...

Me acho tão estranho!

Pergunto-me a mim mesmo: Quem és tu? Que pretendes?

As respostas são tantas...

Não sei por onde responder;

Me perco nas linhas dos meus pensamentos!

E me vejo pensando em ti!

A imagem refletida na superficie reflexiva altera-se completamente..

Há um "quê" de felicidade, dor, solidão, alegria, morbidez...

Uma confusão de sentimentos...

Hoje após tanto tempo....

Retorno a sentir coisas de antes!

Estar ao teu lado, enegreceu-me a alma.

Emplacou-me em fúria...

Entreguei-me a ti, e tu disto não fizeste caso.

Pérolas aos porcos!

E eu, que pensava me conhecer...

Sou um desconhecido de mim mesmo...

Ansiando por uma aprovação!

Uma reprovação!

Uma demonstração de algo.

Ou o que quer que seja...

Embora seja de mim mesmo!




Zu ewigkeit!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Conversa à nós...


- Me fala.....só você me faria ficar ainda aqui nessa sala..tenho chance?
- O que propõe, arquiteta?
Ela sorriu ao responder:
- Aberta à pactuação...
- Pactos às 05:27 da matina?
Mais sorrisos. Esta deve ser uma mulher super feliz, Marcus pensou. Esse tipo de pessoas lhe inspirava uma confiança cega, e, ele tinha medo disto. Quase sempre se dera mal por confiar nas pessoas, exacerbadamente!
- É.......sem combate...
Estou deixando-a fugir? Que posso fazer? Pensou Marcus. Não! Não ainda! Suas mãos suaram, o contato com as teclas do Dell se tornaram escorregadios.
- “Péra”, estamos conversando...
- Se essa for uma parte do pacto..........pra mim tá de bom tamanho.
Marcus sentiu uma energia revigorante tomar-lhe o corpo. Raramente encontrava alguém pra conversar e quando acontecia, se apegava tal um náufrago ante sua última chance de salvação. Tenho que continuar esta conversa...
- “Tá” se sentindo sozinha, mesmo em meio a "tanta" gente? – Estavam num chat na internet.
- Sim, mas não infeliz....(risos).
Que mulher sorridente! Pensou, novamente.
- Gente? gente que nem a gente? sei não...
A conversa está intensificando-se, vamos ver à que dar-se-á!
- Não há ninguém "que nem a gente"... somos um mundo em nós mesmos... diferimos em tudo... as digitais são um exemplo parco disto,se até nelas nos diferimos imagine o universo que tange o todo de nossas vidas... vixi, to mals, filosofia, nãããããããão! -
- Puts!!!! Só quis dizer do mesmo planeta.....Porque aqui (na sala de bate-papo) tem "de tudo"... menos mal....Acho que não errei , quando te pedi atenção.
- Ainda assim... – espero que minha óbvia teimosia não a afugente! - não há igualdade nem por raça aqui. Ah, tc no aberto é ótimo (risos).
Marcus, você está rindo? Do que ri, guri, que estás vendo? Ele sentiu o passado próximo...
- Mas acho que tem coisas em COMUM = estar se sentindo só.....
- Desculpa minha insistência.
- xiiiiii...
Pare Marcus! Limite próximo e se aproximando...
- Mas... nem assim, há igualdade.
- Nem percebi que estava no aberto.
Do que fala ela? Ah, reservado e aberto, as pessoas usam escudos pra se proteger de si mesmas! Ele ouvira numa palestra de auto-ajuda, anos atrás.
- Cada um se sente sozinho a sua maneira! Agora devolve, eu fiz o mesmo (risos).
Ele ria pela segunda vez!
- Ahhhhh.
Sua espontaneidade é contagiante!
- Eu me sinto sozinho – Agora, mais que nunca! - mas diferente da tua forma de se sentir, senão vejamos...
- Então vamos mostrar.....pelo menos que fomos as aulas de português... (mais risos).
Ela falava sobre conversar no aberto ou no reservado (?)
- ...o que te faz se sentir só? Não seja obvia! Já vi que és única nessa sala...
- O que me faz sentir só? ............hummmmm a falta de UM companheiro, a falta de UM amigo.
Dúvidas brotaram verdejantes na mente de Marcus. Do que ela realmente falava? Por que UM em caixa alta? Qual a idéia que nascia dessa evidência?
Preciso que me faças entender. Não quero perguntar descaradamente, posso parecer um idiota completo!
- Inconsistente, mas...
- Mas? Tem um detalhe...
- Realista e bem "arranjado"!
- ... consigo me sentir BEM comigo mesma. Explica isso...
- Não sinto ausência...
- ... bem arranjado = casado!
- Você consegue sentir uma ausência na própria presença, o que te torna inconstante na tua forma de pensar...
- Xiiiii...
- ... o que desencadeia hormônios neurotransmissores que te ofuscam com a idéia de solidão...
- Encontrei mais do que pensei...
- ... falsamente divulgada em ti mesma (risos).
Marcus ria novamente.
- “Péra” aí moço...
- Mas...
Estou ficando nervoso, essa conversa está sutil de mais, os MAS estão me evidenciando disto!
- ... digerindooooooooo...
- Sempre existe um MAS – MAS estou nervoso, é um bom exemplo!
- Eu consigo sentir ausencia na propria presença.......È FORTE ISSO!
- Você consegue isto! O que me faz pensar isto? O seguinte: tu te "sente bem contigo mesma"
- Se pararmos aqui: Eu já terei motivos pra dizer: VALEU!
- Por que parar?
Ela vai me abandonar! Marcus já se habituara a isto. Tantas vezes lhe ocorrera que ele nem se incomodava mais.
- risos.
- Eu não quero.
Ufa!
- Me instigas e depois te vais... Ó, Isolda??!?!?!?!?
- Nada! Eu quero é mais... você também é instigante!
- Posso continuar o meu MAIS?
- Sim, claro!
- Então...
- .....
- ... há pessoas e mais pessoas que te dariam o "seu" mundo pra ficar do teu lado, e destes tu te esquivas. Eu minto?
- NÃO!
- Obviamente... uma leitura fácil de ser feita!
Ela ria de novo!
- Agora...
- Fácil???...
- ... tu desterras teu interesse por alguém...
- ... duvido...
- ... verdade?
- ... mas ......diga, quero te "ouvir".
- ... dae, tu pensas não poder "atingir" o pétreo e gélido coração da pessoa, se é que este ser possui um cardio no peito (riso) - eu quero crer que sim - então...
Ela riu gostosamente.
- Creia!
- ... as outras presenças se convertem em ausências, a presença que queres "não está lá"...
- Hummmmm.
- ... onde tu conseguiriras vê-la!
- Onde?
- Ausência na própria presença! Eu deveria ter dito...
- ........
- "onde tu quererias tê-lo". Tu me dizes: “- Tu és meu ponto final!” Por que disseste isto?
- Eu não disse... Marcus...
- Não usou os termos, mas, foi uma representação quase que letal deles! ... Diga-me!
- Você está se referindo ao meu convite? Para te conhecer? Lá no início?
- ... “Me fala.....só vc me faria ficar ainda aqui nessa sala..tenho chance?” (só ratificando).
- Ok...... (mais risos).
“-Diga-me, guri, gostarias que ficassem rindo o tempo todo de ti? – Não, papai, desculpe!” Essa mulher ri muito, legal!
- Todos temos chances, elas são as únicas "linhas paralelas" universais que nos agrega a vida desde que inspiramos o primeiro fôlego e nos cobrem até o derradeiro!
- Sim, sim!
- Infelizmente muitos de nós não as utilizamos muito bem! - Leia meu blog! Compre meus livros! “Papo chato desse cara!” - ela deve estar pensando.
- Mas a "chance" era de fazer o que estamos fazendo... e aqui... isso é raro!
- Obviamente!
- Nem tão óbvio!
- Não pense que eu imaginei soslaios, gestos fortuitos e desajeitados e palavras que se privam de desgarrar-se das cordas vocais! (risos) Bem, Ma Chèrie!!
- Bem, e tu somos o meu mundo neste momento, então, outras obviedades além deste nosso momento... não me interessam e nem deveriam nos dizer respeito!
- Vejo que você já tem “kilometragem”.... me engano?
- Engana-se! A não ser que considere 27 km...
- Mesmo?
- ... como uma kilometragem muito alta, digamos que foram 27km percorridos centímetro por centímetro, pelos dois lados da rodovia!
- É......quando a soma disso está para além do existencial......quem sabe?
- A minha existência é parca, tenha certeza disto, e, além disto, despercebida...
- Hum...
- O que me agrada muito!
- De quem? De você mesmo?
- Dae o fato de não haver solidão que me não aconchegue! Não! A ti também!
- Ahh!
- Talvez, talvez, quem saberá? Se essa vida é cheia de incertezas?
- É!
- Recuso os demais convites!
- Não certezas eternas (risos). Você está recebendo convites?
- ... sou todinho da Realeza Mariah!
- risos.
- Oras...
- Eu quero!
- .... se as certezas fossem eternas... eu quereria morrer agora mesmo! Ou, já ter morrido!
Ela riu! Que mulher que gosta de ri! Ela seria uma fada?!?!?!? As fadas gostam da madrugada! Elas se sentem mais livres na lúgubre presença do Noturno Luminar!
- O que nos move a dúvida!
Eu sei bem que sim, por isto insisto em viver!
- Apegando-me ao conceito de que a morte é o Supremo Portal à eternidade... eu, acertei quanto ao laboro teu?
- Meu pai diz: "a vida é um instante. A morte é a eternidade"... LABORO?
- Infelizmente muitos de nós não temos consciência disto, desse "inspirar" que é a vida! Quando se fala de eternidade, o que vem à mente é a morte, mas...
- Ah, tá...
- ... "há controvérsias"
- Sim, sem dúvida, Marcus...
- Aqui, Ma chèrie!
- Esse é o seu nome? Ou um nick apenas?
Pensa Marcus, responde!
- Óbvio
- risos.
- Uma dica: não me faça perceber que estás relendo a conversa... passa-me a idéia de que não está atencionando a conversa, como eu o faço... - Sou egoísta mesmo! - não. Mas gosto deste nome.
- Eu também sou e, pelo que percebo, estamos num ritmo impossível de segundas atenções! (novos risos).
- Eu gosto do nome “Marcus”, o expediente romano para Marcos...
- Eu também gosto!
- ... que, do latim, é o deus da guerra, ou Marte um planeta que muitos mistérios esconde "aos nossos olhos".
- Deixa eu dizer.......
- Deixo! Imploro!
- 27 km? (risos) duvido disso! É muito pouco pra tamanha grandeza!
- Posso provar-te mediante apresentação de tacógrafo.
O termo não é este, Marcus! Ok. Mas não lembro qual, e este também mede kilômetros, oras!
- A não ser que creia que acúmulo vem de muito antes.
- Olha, deixa dizer-te... não!
- Tacógrafo?????????? (risos)
Ela está debochando do termo que empreguei errado?
- Não acredito neste tipo de teoria venditória, prefiro acreditar no “ismos” maiores que esta e mais claros também, posso dizer-te? - agora eu... -
- Sim...
- ... tivéssemos nos encontrado, passado 14min (a média brasiliana) em êxtase e teríamos esquecido (dado o conceito de saciedade), mas...
- Mas...
- Esta nossa "factus copulus"...
Risos e mais risos. Esta mulher gosta de rir! [2]
- Me deu um prazer superiormente orgásmico, volveu-me desde o cérebro...
- Pode crer, idem, idem...
- Até os átomos de cada núcleo das células do meu corpo, só tenho a dizer-te: Muito obrigado!
- Obrigada você!
- Infelizmente pessoas como tu...
- Fico com a sensação de ainda é possível!
- ... modéstia a parte... – NÓS...
- TUDO ainda é possível
- ... ainda estamos por aqui e olha...
- ...
- ... eu estava já desistindo de encontrar alguém que me fizesse funcionar os neurônios, é tudo tão simoplório!
- risos.
- Frívolo, ah!
- É!
- Me sinto não sendo deste planeta!
Que isto? Marcus Marcianus?
- Te falei disso...
- Agora.... "diga-mo"?
- Talvez não sejamos...
- Conseguimos assassiná-lo como se deve ou ainda respira este Ultrajante?
- Nada que não entenda-se!
- Okie dokie!
...

[Zu ewigkeit!]

Divagações...


Constantemente sozinho na minha dor.
Eu vago na linha da maré!
O pensar é vago e a imagem da Deusa Noturna refletida nos espelho das águas, perde o encanto.
Vieram após mim, por um longo tempo e este ainda sou eu!
Perdendo-me e encontrando abrigo às sombras.
Legando aos pássaros as suas lamúrias e às lágrimas sua vã cristalinização!
Constantemente seguindo em linha reta, não posso ter a alegria do fim da curva, não posso perder minha pobre rota...
Sendo impugnado pelo acaso, vejo o dia amanhecer... Para onde irei? O que farei, quando o Grande Astro me expor as vergonhas?
Desconfortável e passível a tudo e a todos. Mas, não chore por mim, suas lágrimas de nada valem e não me incomodam, dão-me um prazer que tu jamais compreenderás.
Ser desprezado por ti é o que desejo, serve-me à catapulta! Vejo-os se ampliarem os horizontes!
As estrelas não são mais pontos vagos na escuridão!
Rias de mim, zombavas do meu canto, ridicularizara minha dor, pensava-me débil e franco.
Agora, ria novamente, franco é o teu miserável riso, teus lábios não chegam-se sem causar-te repulsa!
E, agora, não estou mais à linha da maré, as águas tragaram esta última vida.
O endereço do desespero? Tu o encontraste!
O franco vence o forte, quando de dor se debate o vil - ele não sabe aceitá-la, compreendê-la - da alma sofrida a dor é o lenitivo.
Ria, agora, para saber e ver como perdeu-se pra sempre!
As águas.
Aquelas que deram vida a vida momentânea!
Abrem caminhos à eterna...


Zu ewigkeit!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Felicidade bífida...


Misterioso "sentimento'...
Relator de perene melancolia;
Portador de momentos dúbios;
Ao que nos assalta o coração com assombros palpitantes;
Ao que nos tolera em crises de explosiva repulsa;
Um querer bem querer;
Uma saudade incontrolável;
Uma dor gostosa de sentir;
Um comportamento quase profano;
O desejo incompatibiliza a realidade;
E a realidade... ah, como maltrata o coração dos que sentem-se felizes!
Os mostra uma face através de "imperceptíveis" sinais;
Dá-lhes um valor incomensurável;
Na ausência, causa dependência!
Na tristeza, esperança.
No medo, certeza.
Na presença, cardias e espamos inesquecíveis!
No encontro, acreditar que valeu a distância enfrentada.
Ela se divide, se reparte, se agrega, une-se!
Em si mesma é desastrosa.
Aos que a consolam é amiga.
Aos que a repelem é a Dama de Espadas!
( Parte sempre o coração em sua partida...)



Zu ewigkeit!

Revelação!


O céu desabou completamente!
Não em chuvas torrenciais...
Os seus olhos foram postergantes!
Propositalmente me feriram...
As palavras foram indóceis!
Tudo bem, durante toda a minha vida, não houveram carinhos verbais...
Gestos seus me mostravam apenas o descontrole diante da situação!
E eu optei por sentir cada um deles, como se houveram feitos exclusivos pra meu delírio...
Não havia sentido em desacreditar-me!
Mas tu zombavas da minha conduta de confiança...
O teu riso descontrolado fazia-me parecer o pior dos idiotas!
E sempre me tive assim mesmo, em tua presença...
Até o teu andar, bailando de um lado ao outro do cômodo, parecia a iminência de o deflagrar de uma guerra!
E eu em tua frente, passivo de tuas ameaças, pelo silvos do dedo em riste...
Me amaldiçoassem os ventos Sul e Norte!
Que eu não mais pudesse contemplar o luar esplêndido, destas noites quentes e húmidas!
Que não mais adentrassem aos meus pulmões o ar que desce dos vales!
Que não mais pudesse eu sentir o tato, o toque, a carícia - rude que fosse!
Verme, abjeto, escória!
Oh, não pudeste ser mais vil em tua condescendência falsificada!
Mas, o coração ainda me bate ao peito!
E agora, o sinto mais presente!
O amor que tenho por ti, minha progenitora, jamais se acabará!
Amo-te, o único amor que deposito, é teu para sempre!


Zu ewigkeit!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Solitária Dor


A dor mais intensa, é provável que eu nunca tenha sentido!
É provável que jamais sentirei...

A dor mais intensa, é aquela que o tempo não se encarrega de levar.

Que as águas do Mar do Esquecimento, não conseguem afogar.

Que o Vento Sul nunca amainará.

Que os Raios Supremos nunca conseguirão fulminar.

Que a Canção do Cisne não poderá musicar.

A dor mais intensa, a que, provavelmente, nunca sentirei, se afigura pela tua ausência.

Pela presença da tua partida.

Pelos últimos gestos do desenlace do abraço.

Pela última compreensão do olhar vagaroso.

Pelo visualizar dos passos que quiseram te afastar.

A dor mais intensa, que espero não sentir, vem-me pelo teu encanto.

Tuas palavras guturais ao ouvido meu.

Teus toques ternos e ilusórios.

Tua semelhança com a minha mais profunda admiração.

Teu proibitivo gesto de complacência.

A dor mais intensa!

A que deixaste, foste, e não voltaste.

Aquela que opto por não sentir.

A que se me apresenta em meio ao meu escuro calabouço opcional.

A que se me afugenta dos bons segundos de esperança - tola esperança!

A que se me refulge brandindo raios de salubridade.

A dor mais intensa, a que não sinto, escondido sob o manto da solidão!

Aquela que me renega à covardia.

Ao tempo perdido.

À Vida não vivida.

À porta não aberta.

Ao sorriso não estampado.

Ao enigma perceptível.

A dor mais intensa, a que digo não trazer comigo.

Traze-ma tu, e dispensa o que por ti eu fiz, faço e faria pela eternidade.


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