Mais uma vez observo a claria noite!
Qual sombras deslumbrantes são produzidas por uma luminosidade!
Que magnificente!
Por sobre as copas das árvores, fulgura o radiante luminar...
Triste vejo o seu bailado no céu:
Nuvens são cavalheiros que a tomam em seus braços e interligam as estrelas com arabescos imaginários.
Pudera eu ser nuvem?
Oh, intempestuosa volúpia!
Oh, prazer lacinante!
Não me haverei de pôr-te!
És, inatingível!
Sempre Nova, escreves nas “Tábuas da Minha Lei”;
Por vezes, a sinto a indicar-me.
Por outras, ouço a distância entre os meus desejos menos difusos, inflingidos pela aura misteriosa do que não posso ver.
Seria esta a outra parte?
Sentado, deitado, em pés, qual esteja, sinto-me atraído a ti.
Sorve-me, beba-me e fluirei à ti!
Rosas murcham!
Rios secam!
Ondas se invisibilizam!
Desejos “esfriam”!
Sonhos intumescem-se!
Pesadelos amainam-se!
Até o sol, perde o brilho!
As marés perdem a beleza de sua dança!
O canto dos pássaros silenciam!
No entanto, tu, permaneces!
Não importa que não te veja uma noite...
Importa que saiba da tua existência!
- Talvez se torne mais miserável a minha; -
Não importa que faça chuva!
Não importam os raios!
Menos ainda os trovões!
Sei que, por sobre as tempestades...
Teu reino jaz singular!
E, te diria, humildemente:
Teu súdito pra sempre!
- Um segundo seria eternidade, se eternidade coubesse num segundo? –
Mais uma vez!
Zu ewigkeit!
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