quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Estático.

Chegou de repente.
- Sem avisar! -
Um longo e negro manto cobria-lhe o corpo.
Os olhos azuis amendoados "brandiam" em uma vingança sanguinária.
A pele de um têz tão branca quanto neve, ardia resplandescente.
- Alto contraste com a boca extremamente avermelhada. -
Um toque sutil; frio; envolvente!
Uma elegância de traços e gestos que inebriava profundamente a minha alma!
Os cabelos besuntados no alto da cabeça descerrando-lhe cachos maviosos.
Postou-se lá e deixou-se estar.
Era possível sentí-lo no sangue pela pulsação de uma mórbida vividez!
Acredito que pensava que não pudesse ser observada a sua presença.
No entanto, eu o sentia. Ele estava lá!
Não havia voz que o denunciasse.
Sua presença encantada, perfeita e perene, convidativa a algo que jamais eu conseguiria explicar!
Um anjo?!?!
Um demônio?!?!?!
Não importava, lá estava, postando-se ouvidor!
Seu silêncio cativante me conquistou.
Tornou-se, então, oblíquo!
Mostrou-se. Apareceu. Fez-me vê-lo e enxergá-lo. Fez-me sentir necessidade de sua presença!
Deixava-me a queimar sob a luz do Grande Astro!
Nutria-me o negror de uma escuridão jamais experimentada!
Saciava-me a sede com um cálice de discórdia!
E matava-me!
Matou-me!
No live more!
Zu ewigkeit!

Nenhum comentário:

Postar um comentário