terça-feira, 13 de outubro de 2009

Fada Sem Nome.



Por que quebras as minhas asas?
Suas mesquinhas palavras são somente a mim dirigidas?
Os olhares reprovatórios apenas eu os mereço?
Os gestos fúteis só eu os posso ver?
Eu sou!
Esse fardo está destruindo o meu ser!
Essa beleza cultivada me mata aos poucos!
As sombras ainda são meus melhores amigos.
A dor é a companheira mais leal.
A distância de tudo e todos me mantém ativo.
As minhas asas quebradas...
Manchando com meu sangue o chão que o pisarás tu...
Meu silêncio não te seria uma resposta invejável?
Meu canto solitário não te seria uma música fúnebre?
Ah, envolve com a tua...
Asas existem se podes voar!
Não me agrada mais observar os viventes por sobre as nuvens.
Enfim, encontrei o repouso...
Não posso voar...
Vou lançar ao mundo dos humanos um turbilhão de palavras!
Soprá-las ao vento após mil noites a caminhar.
O resultado ver-se-á à lápide: "Aqui jaz..."
Não espere concepção excepcional...
O meu nome não te posso dar...
Ainda tens asas...
Pena por pena!
Cada tendão.
Fada sem nome...




Lach Sam'each!

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